A número 10 de Portugal, que já contabiliza 100 internacionalizações A, revelou que a equipa das Quinas tem aprimorado processos para chegar à fase final do certame intercontinental ao melhor nível.
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A internacional portuguesa Jéssica Silva afirmou, esta terça-feira, dia 27, à margem de um evento de apresentação de uma campanha publicitária de apoio à Seleção Nacional feminina, que, na nona edição do Campeonato do Mundo, Portugal pretende continuar a mostrar a competência e a competitividade que tem vindo a evidenciar ao longo dos últimos anos. "Temos de acreditar em nós. Sabemos perfeitamente aquilo que tem sido o processo e o caminho ao longo destes anos todos, por isso é que estamos no Mundial. O que nós queremos fazer é chegar lá e continuar a mostrar o Portugal competente e competitivo que temos mostrado ao longo destes anos", realçou.
A avançado do Benfica - que conquistou um "triplete" pelo clube encarnado na presente época (campeonato, Taça da Liga e Supertaça), tendo anotado 23 golos e cinco assistências nos 35 jogos que realizou pelas águias - fez questão de salientar que as futebolistas lusas encaram a presença inédita no Mundial com sentido de responsabilidade acrescida. "Ainda faltam 25 dias e acho que o maior inimigo acaba por ser esta espera, que revela também alguma ansiedade, mas ainda é cedo. Estamos muito focadas em aprimorar os processos e em perceber o que o "professor" Francisco Neto quer que nós façamos em campo, mas estamos muito felizes, muito orgulhosas, muito motivadas e com sentido de trabalho muito grande. Portanto, acho que está tudo alinhado", garantiu.
A craque, de 28 anos, que atingiu as 100 internacionalizações A a 11 de abril deste ano, frente ao País de Gales, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães (1-1 foi o resultado do encontro), confessou que, quando começou a jogar futebol, estava longe de imaginar que alcançaria tal feito, mas lembrou que alguns percalços não permitiram que chegasse à marca centenária mais cedo. "É um marco muito especial e algo que me deixa bastante orgulhosa. O que eu quero é continuar a orgulhar e representar Portugal ao mais alto nível, como também continuar a ajudar a Seleção a marcar presença em mais fases finais. É lá que temos de estar", vincou.
Para terminar, a jogadora natural de Vila Nova de Milfontes reconheceu que existem formações que estão um nível à frente e que têm mais experiência em fases finais de grandes competições, mas sublinhou que nada disso abala a capacidade e a vontade da equipa das Quinas. "Nós somos as novatas e temos de continuar a crescer e a aprender com elas, mas isso não invalida o facto de termos de nos mostrar capazes e de continuar a mostrar aquilo que temos feito", rematou Jéssica.
Na fase final do Campeonato do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia, Portugal - que participará no certame intercontinental pela primeira vez - está inserido no Grupo E e defrontará os Países Baixos, vice-campeões mundiais (23 de julho, em Dunedin), o Vietname (27 de julho, na cidade de Hamilton) e os Estados Unidos, que que venceram a prova em 1991, 1999, 2015 e 2019 (1 de agosto, em Auckland).
Antes de viajar para solo neozelandês (10 de julho), a Seleção Nacional medirá forças com a campeã europeia Inglaterra - às 15h15 deste sábado, dia 1 de julho, no Stadium MK, em Milton Keynes - e a Ucrânia - às 20h45 de 7 de julho, no Estádio do Bessa, no Porto -, em dois desafios de preparação. Os ingressos para o duelo diante das ucranianas já estão à venda e têm o custo de três euros (por unidade).