Benfica tem de vencer Salzburgo por dois golos... e pode aprender com os espanhóis
RB Salzburgo não tem resistido a equipas... espanholas. O conjunto austríaco já sofreu quatro derrotas no seu estádio esta temporada, mas apenas a Real Sociedad conseguiu superá-lo por uma margem de dois golos.
Corpo do artigo
Mais do que vencer hoje, resultado que seria uma novidade na campanha em curso na fase de grupos da Liga dos Campeões, o Benfica tem de vergar o RB Salzburgo por uma margem de dois golos, que lhe permitirá deitar a mão ao bilhete de entrada no play-off da Liga Europa. Para esse desiderato, os encarnados até podem subir os níveis de motivação inspirando-se no exemplo que vem... do país vizinho.
Olhando para o calendário da época em curso, em uma dezena de jogos no seu recinto, o Salzburgo revelou alguma fragilidade, tendo encaixado quatro derrotas, duas delas na Champions, com Inter (1-0) e Real Sociedad (2-0), e nas provas internas com LASK Linz e Blau-Weiss Linz por 1-0. Destes resultados, apenas o obtido pelos bascos serviria aos interesses do Benfica.
Puxando atrás o filme das últimas temporadas e colocando o holofote nos jogos em casa nas provas europeias, é preciso recuar até 2020/21 para ter mais episódios de quedas com margem de dois golos de diferença. Antes da Real Sociedad, também Villarreal e Atlético de Madrid venceram, ambos por 2-0, na Red Bull Arena. Também nessa temporada, o Salzburgo foi esmagado pelo Bayern (6-2).
Alargando o período de análise até ao início do milénio, apenas mais cinco emblemas passaram por Salzburgo com triunfos com dois golos de diferença: Liverpool, Metalist Kharkiv, Manchester City, Parma e... Sevilha.
Schmidt sabe como se “goleia”
“Golear” por dois golos de diferença. É esta a missão que o Benfica tentará levar hoje a bom termo, num desfecho que garante a continuidade na Europa do futebol e o encaixe de 2,8 milhões de euros, para somar aos 930 mil já recebidos pelo único empate, com o Inter, na fase de grupos.
E Roger Schmidt até tem queda para a tarefa. Basta recuar até à época passada, na qual o emblema da águia voou até aos quartos de final da Liga dos Campeões. Pelo caminho, venceu por 2-0 o Club Brugge, na Bélgica, nos oitavos de final, e esmagou o Maccabi, em Haifa, por 6-1, na fase de grupos.
De resto, e desde a reformulação da competição, em 2002, só há mais três vitórias fora, todas por 2-0, ao Liverpool (com Ronald Koeman), Basileia (Jorge Jesus) e Dínamo Kiev (Rui Vitória).