Nuno Borges, Filipa Martins e João Borges dão a cara pelo desporto da Maia

Nuno Borges, Filipa Martins e João Borges dão a cara pelo desporto da Maia

MAIA>> Três exemplos de atletas de alta competição made in Maia

Filipa Martins: "Ao conseguir ir a dois JO, concretizei mais do que o meu sonho"

Filipa Martins começou a praticar ginástica quando tinha apenas quatro anos e, atualmente com 27, é um dos ícones do concelho da Maia, onde representa o Acro Clube. Em 2016 fez história ao garantir o 37.º lugar na classificação geral individual feminina nos Jogos Olímpicos (JO), a mais alta prestação de uma atleta portuguesa nesta prova, ultrapassando a marca de Zoi Lima, que tinha alcançado a 53.º posição nos Jogos Olímpicos de 2012.

Em 2020, Filipa Martins voltou a participar nos Jogos Olímpicos, em 2019, no Campeonato Mundial de ginástica artística. Há dois anos, no Campeonato Europeu de ginástica artística, em Basileia, na competição de paralelas assimétricas, introduziu um novo elemento técnico que integrará o código internacional de pontuação.

Em conversa com o nosso jornal, a atleta diz que até à data já conseguiu bem mais do que esperava. "É sempre muito bom sermos reconhecidos na nossa modalidade e que o nosso trabalho seja reconhecido, principalmente numa cidade que tem crescido tanto. Quando era mais pequena, o principal objetivo era chegar aos Jogos Olímpicos. Ao consegui ir a dois, concretizei mais do que o meu sonho e daqui para a frente vou tentar mais uma vez. A próxima será em 2024 e logo se vê", explicou a jovem ginasta, referindo que a Maia tem as infraestruturas que lhe permitem continuar a evoluir e competir ao mais alto nível. "Temos aqui um espaço maravilhoso, um dos melhores em Portugal, e isso ajuda-me nas minhas conquistas", finalizou.


João Gomes: "Preciso de mostrar por que é que sou o mais jovem internacional"

Atualmente ao serviço do Águas Santas, João Gomes foi o mais jovem internacional de sempre do concelho a ser convocado para a Seleção de Sub-21 de andebol. O lateral-direito, de 20 anos, que também joga como central e que na próxima época estará ao serviço do Sporting, revelou o entusiasmo que sentiu por ter alcançado esse feito com tenra idade. "É um orgulho enorme ter esse título no concelho da Maia. Sinto uma grande responsabilidade e também preciso de mostrar por que é que sou o mais jovem internacional", contou, acrescentando: "A Maia é um excelente concelho para praticar desporto. Além de oferecer ótimas condições, tem uma variedade imensa de clubes, aumentando a competitividade, e isso é um dos fatores que faz com que tenhamos tantas atletas internacionais", justificou João Gomes, que salienta o que lhe pediram alguns treinadores: "O mais importante é conseguir treinar com a maior intensidade possível. Treino difícil, jogo fácil". Como qualquer jogador, o jovem ambiciona "alcançar os maiores patamares no andebol, jogar a Liga dos Campeões, atingir a Seleção A e trazer títulos para o nosso país", destacando que "José António Silva, Marco Silva e Ricardo Moreira" foram os treinadores que mais o marcaram e potenciaram. Já Manuel Cruz, presidente do Águas Santas, ressalva as sucessivas prestações positivas da equipa nortenha, que vê quase sempre "os objetivos serem cumpridos", acabando normalmente as épocas "na quarta posição, atrás dos três grandes", algo que "contribui para prestigiar o clube, que também é bastante forte na formação".

Nuno Borges: "Cresci a ver os melhores desportistas a treinar aqui"

Nuno Borges é, atualmente, o número 1 do ranking português ao nível do ténis. O tenista, de 26 anos, obteve recentemente também a melhor classificação do Ranking ATP, onde alcançou a posição número 68. Natural da Maia, Nuno Borges jogou ténis universitário nos Estados Unidos (Mississippi State University), de 2015 a 2019, tendo-se estreado no Estoril Open em 2021, prova onde voltou a estar presente no ano passado. Em 2022, também se classificou para a estreia no Open de França, juntando também a presença na Taça Davis e no Open da Austrália. Esta carreira ascendente começou a fazer-se em "casa" e, por isso, Nuno não esquece as suas raízes, que em muito contribuíram para este sucesso e crescimento. "A Maia sempre foi a minha casa e o clube onde sempre treinei. É uma cidade que me diz muito e foi sempre uma capital do desporto. Cresci a ver os melhores desportistas do mundo a treinar e a competir aqui. É um lugar dos mais especiais onde já joguei e treinei", explicou, enaltecendo as boas condições para a prática da modalidade. "Tem boas infraestruturas e deram-me sempre o que precisei para ter as minhas bases e formar-me nos escalões jovens", sublinhou.