Hernâni Ribeiro: "O que distingue a Maia é a diversidade e equipamentos"
MAIA >> Maia Com mais de 30 modalidades e forte aposta na ginástica, ténis, andebol, atletismo, voleibol, basquetebol, karaté, kung fu e taekwondo, há praticantes ao mais alto a brilhar no concelho
Foi na sala Pedro IV, situada no interior da Câmara Municipal da Maia, que O JOGO esteve à conversa com Hernâni Avelino da Costa Ribeiro, vereador do Desporto do município, que está ligado à Câmara desde 2005. Com pelouros na área do Desporto, Juventude, Dinamização, Administração, Modernização, Eficiência Governativa e Digitalização do Território, o empresário, de 47 anos, formou-se na Universidade Católica Portuguesa, nas vertentes de Economia e Gestão de Empresas. No passado, Hernâni Ribeiro também foi presidente da Assembleia de Freguesia de Nogueira da Maia e membro dos órgãos sociais de inúmeras associações e coletividades do concelho.
Qual a sua principal missão enquanto vereador do Desporto?
-Acima de tudo, é definir as políticas de desenvolvimento desportivo no nosso município. Neste caso, passa muito pelo apoio às nossas coletividades, para desenvolverem o desporto federado e, internamente, disponibilizarmos um conjunto de ferramentas e serviços à nossa população, que potencie a prática da atividade física.
Quais são as modalidades praticadas neste concelho e em quais a Câmara Municipal faz uma maior aposta?
-Uma das coisas que nos caracteriza na Maia é a diversidade de modalidades desportivas que temos no nosso Município. São mais de 30 e seria fastidioso elencá-las todas, mas posso elencar as que se destacam e das quais somos reconhecidos em todo o País, nomeadamente na ginástica, quer artística, quer acrobática; no ténis, no atletismo, no andebol, no voleibol, no basquetebol e nalgumas modalidades de artes marciais, como o karaté, o kung fu e o taekwondo. Nestas modalidades, temos praticantes ao mais alto nível nacional, internacional e com presenças assíduas nas seleções nacionais.
Tem sentido alguma evolução no número de atletas e na sua qualidade?
-O que me deixa muito satisfeito é a recuperação que o desporto da Maia conseguiu fazer após a pandemia. Durante esse período, o desporto federado foi obrigado a parar. Na questão da atividade física desenvolvida ao ar livre, até teve um acréscimo. Mas hoje verificámos que já temos mais praticantes federados do que tínhamos antes da pandemia e isso é um excelente sinal, quer da capacidade de resiliência das nossas coletividades, quer do sucesso que foram os mecanismos de apoio excecionais que criámos para a área do desporto, que permitiram, ao contrário do que aconteceu noutras geografias, manter as nossas coletividades ativas, funcionais e no pós-pandemia terem esta capacidade de recuperação e crescimento.
Que objetivos tem a Autarquia a médio e longo prazo?
-Temos três áreas que gostávamos de melhorar. A Maia já é reconhecida há largas décadas pelo investimento e desenvolvimento que tem ao nível do Desporto e o desafio tem sido esse: o difícil não é chegar ao topo, o difícil é mantermo-nos no topo. Primeiro, queremos melhorar a oferta e desenvolver o desporto adaptado, temos de fazer um esforço para que a oferta desportiva seja para todos, pois o desporto tem essa característica da inclusão. Segundo, temos uma diferença entre o número de federados masculinos e femininos. Estamos empenhados em promover o desenvolvimento do desporto feminino no nosso concelho e para isso já estabelecemos três medidas: majorar do ponto de vista de subsídios financeiros os projetos femininos, outra é priorizar a cedência das instalações desportivas municipais a projetos femininos, e ainda a captação de grandes eventos de desporto feminino para o nosso concelho. Só neste ano tivemos na Maia a final four da Taça de Portugal de basquetebol feminino, a primeira edição da Taça da Liga de andebol feminino, vamos ter a final four da Taça de Portugal de andebol feminino e também a final four da Taça de Portugal de hóquei em patins feminino. Tudo isto revela bem a nossa aposta. A terceira vertente é dar cada vez mais condições para o desporto informal e, com isso, além de estarmos a lançar uma rede de percursos pedonais no concelho, devidamente sinalizados e atrativos, vamos aproveitar a oportunidade que a descentralização de competências da área da Educação nos vai permitir, que é gerir as escolas EB 2,3 e Secundárias do concelho. Temos a intenção de pôr parte dos equipamentos desportivos ao ar livre à disposição da população, no horário pós-escolar. Além disso, vamos ter quatro campos de basquetebol de rua [3x3] e vamos conseguir ter uma oferta para que a população possa praticar desporto de uma maneira informal. Temos equipamentos com alguns anos, que ainda são referências nas modalidades, e isso tem-nos permitido trazer grandes eventos internacionais para o concelho. Pretendemos alargar a rede de equipamentos para o treino e competição e, num futuro próximo, construir um grande pavilhão multiusos, que nos permita candidatar a grandes eventos internacionais.
O que distingue a Maia de outros concelhos?
-O que nos distingue é a questão da diversidade. Há municípios que têm bons equipamentos desportivos, que têm uma ou outra modalidade em que são referência nacional e internacional, mas é difícil encontrar um município a nível nacional que tenha tantos equipamentos de referência e tantas modalidades disputadas ao mais alto nível, como aqui na Maia. Sinónimo disso são os eventos que fazemos anualmente, são mais de 170 e um reconhecimento nas galas do desporto, em que homenageamos cerca de 700 atletas pelos feitos conquistados nessa época desportiva.