Resultados dos testes são "promissores", adianta a revista Lancet.
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Uma vacina para a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford mostra "resultados promissores" de eficácia e segurança no combate à doença, revelaram os primeiros resultados dos testes clínicos, de acordo com a revista Lancet.
Os testes em humanos permitiram aos cientistas concluir que o projeto de vacina gera anticorpos e células-T, um tipo de glóbulos brancos que podem enfrentar o coronavírus. Segundo os dados disponibilizados pela equipa científica que desenvolve a nova vacina para a covid-19, os níveis das células-T tiveram um pico 14 dias após a vacinação e o nível de anticorpos atingiu o máximo 28 dias após a injeção.
Falta ainda demonstrar que essa resposta imunitária combinada basta para evitar a infeção, salientam os investigadores, que mesmo assim consideram que o efeito conseguido é "muito positivo".
A vacina, com o nome técnico de ChAdOx1 nCoV-19, é feita de um vírus geneticamente modificado, que provoca uma constipação em chimpanzés, revela a BBC. As alterações genéticas fazem com que o vírus não infete humanos e que "se pareça" com o coronavírus da covid-19, para que o sistema imunitário aprenda a atacar o SARS CoV-2.
Os testes mostraram que não há efeitos secundário perigosos da toma da vacina, apesar de 70% das pessoas que participaram que no estudo terem sentido febre ou dores de cabeça, sintomas controláveis com paracetamol.
"Ninguém pode falar de prazos. As coisas podem correr mal, mas a realidade é que, em conjunto com uma grande empresa farmacêutica [a AstraZeneca], essa vacina poderia estar disponível em setembro e é para esse objetivo que se está a trabalhar", assinalou.