Secretário de Estado Mike Pompeo tinha dito que esse gabinete de crise deveria ser desmontado nas próximas semanas.
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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta quarta-feira que afinal não vai acabar com o gabinete de crise federal para combater a pandemia de covid-19.
Horas antes do anúncio presidencial, o secretário de Estado Mike Pompeo tinha dito que esse gabinete de crise deveria ser desmontado nas próximas semanas, para regressar a uma operação de coordenação que abrangesse vários departamentos.
Contudo, hoje de manhã, Trump usou a sua conta pessoal na rede social Twitter para explicar que o gabinete de crise - dirigido pelo vice-Presidente, Mike Pence, e integrando vários dirigentes de agências de saúde - estava a ser tão eficaz que continuaria "indefinidamente".
Nessas mensagens, o Presidente admitiu que poderia remover alguns membros do grupo, mas excluiu a possibilidade de acabar com essa "task force", que ele considera ser essencial no momento em que os Estados Unidos procuram reabrir a sua economia, apesar dos alertas de vários especialistas sobre a tendência de crescimento da pandemia no país.
Trump tem, ainda assim, insistido na ideia de que a reabertura da economia deve iniciar-se o mais cedo possível, apesar de os EUA terem já registado mais de 70.000 mortes e haver expectativas de esse número ascender em breve a mais de 100.000.
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"Não digo que tudo esteja perfeito. (...) Algumas pessoas serão ainda duramente atingidas? Sim. Mas temos de reabrir o nosso país e muito depressa", disse o Presidente, durante uma deslocação ao Arizona, na terça-feira.
Enquanto isso, Mike Pompeo continua a insistir que um laboratório chinês na cidade de Wuhan, epicentro inicial da pandemia, está na origem da propagação do novo coronavírus, embora não o possa dizer com toda a certeza. "Não temos certezas. Mas há provas significativas de que o vírus terá partido do laboratório (em Wuhan)", disse o chefe da diplomacia norte-americana.
O Governo norte-americano tem acusado Pequim de ter ocultado a dimensão da crise sanitária, quando ela surgiu, no final de 2019, e tem reafirmado a tese de que o novo coronavírus se terá espalhado a partir de um eventual acidente num laboratório de virologia daquela cidade chinesa.
Nos últimos dias, os serviços de inteligência dos EUA disseram ter provas de que o novo coronavírus não teve origem humana, mas admitiu ser ainda cedo para excluir a possibilidade de um acidente num laboratório na China.