Uma empresa de pastelaria e padaria resolveu ajudar com o que tem e coloca, diariamente, um cesto com as sobras do dia anterior,
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A pandemia, com todos os receios associados, tem mostrado histórias de solidariedade e superação em conjunto. Cada um coloca aquilo que tem ao serviço dos outros. Sem máscaras para dar, uma empresa de pastelaria e padaria resolveu ajudar com o que tem e coloca, diariamente, um cesto com as sobras do dia anterior, devidamente ensacadas, para quem não consegue comprar o pão fresco.
"Achámos que fazia sentido. Estivemos fechados 15 dias, até nos reajustarmos, e reabrimos no dia 1 de abril. A partir daí aplicamos a medida nas confeitarias todas, em Arouca, S. João da Madeira e Santa Maria da Feira. As pessoas pegam nos sacos. Muitas vezes pedem autorização a quem está na caixa, se podem levar para o vizinho e familiares", conta Frederico Rocha, gestor da empresa detentora das confeitarias Rainha.
Também a empresa está a braços com "uma queda brutal" na faturação, "superior a 50%". "Temos contido a produção, para não haver desperdício, mas temos sempre sobras. E houve coisas que deixamos de produzir, algumas gamas de produtos. Claro que tentamos que sobre o menos possível, mas em vez de ir para o gado, damos-lhe um fim mais útil e responsável socialmente", assume. Cada saco leva entre seis a oito pães, de acordo com o excedente da véspera.