Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, apelou aos portugueses para não abandonarem a vacinação.
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A diretora-geral da Saúde pediu esta terça-feira aos portugueses para não adiarem a vacinação, nomeadamente crianças até aos 12 meses, grávidas ou doentes crónicos, por ser "absolutamente essencial para evitar" outros surtos além da covid-19.
"Numa fase em que temos covid-19, e para evitar aglomerações, é preferível marcar a vacinação. Mas, se não for possível, não adie, vá presencialmente à unidade de saúde porque eles estão a prestar cuidados protegidos e não covid", afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa diária sobre a pandemia causada pelo novo coronavírus.
A responsável pediu às pessoas que "não adiem a vacinação", nomeadamente nas crianças até aos 12 meses, que com as vacinas do plano nacional podem ficar protegidas de doenças como o sarampo, a rubéola ou formas graves de meningite.
"Não adie a vacinação, porque podemos ter outro tipo de surtos que não este, que já tanto dano causa, que é a epidemia por covid", pediu Graça Freitas.
Para a responsável da Direção-Geral de Saúde (DGS), a vacinação e o cumprimento do programa nacional "é absolutamente essencial para evitar casos de doença ou surtos".
Entre as recomendações da DGS está a "vacinação nos primeiros 12 meses de vida", que "confere precocemente proteção contra 11 doenças", nomeadamente aos 12 meses, quando é administrada a vacina "contra uma forma de meningite que pode ser grave, o sarampo, a papeira ou a rubéola".
"E todos sabemos como sarampo é traiçoeiro. Nenhuma criança ou adulto com vacina do sarampo em atraso deve continuar com a vacina em atraso", vincou.
Graça Freitas identificou as grávidas como o "segundo grupo" das recomendações da DGS. "As grávidas devem vacinar-se contra tosse convulsa para proteger o seu bebé nos primeiros meses. Esta vacina não deve ser adiada para além das 28 a 32 semanas de gestação", notou.
Também a vacina da BCG, "embora seja recomendada apenas a criança de risco", também não pode ser esquecida, para "evitar formas graves de tuberculose".