Marta Temido sobre o boletim deste domingo: "Números devem ser lidos com prudência"
Marta Temido, ministra da Saúde, pediu prudência na leitura dos números registados neste domingo: 20 mortes e 92 novo casos de infeção por covid-19.
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A ministra da Saúde pediu "prudência" na leitura dos números deste domingo sobre a evolução da pandemia covid-19 em Portugal, os quais apontam para um acréscimo de 92 novos casos, uma subida bastante inferior às registadas em dias anteriores.
"Estes números devem ser lidos com prudência desde logo pelo conhecido efeito na notificação médica [que] tem a circunstância de ternos passado três dias com eventual menor atividade decorrente do facto de ser fim de semana e um dia feriado [referindo-se ao 1.º de Maio que se comemorou sexta-feira]", disse Marta Temido.
Portugal regista hoje 1043 mortos relacionadas com a covid-19, mais 20 do que no que sábado, e 25 282 infetados (mais 92), segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde (DGS).
A governante falava aos jornalistas na conferência de imprensa diária sobre a pandemia de covid-19 que habitualmente decorre entre as 12:30 e as 13:00 horas, mas que hoje teve início com cerca duas horas de atraso, cerca das 14:45.
Marta Temido justificou o atraso com "a necessidade de reverificar todos os números".
"Houve muito poucas notificações médicas de casos nas últimas 24 horas, o que nos obrigou a rever todas as notificações laboratoriais para verificar todos os casos", explicou.
Com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, a ministra destacou que atualmente a taxa de letalidade em Portugal é de 4,1%, enquanto a taxa de letalidade em pessoas maiores de 70 anos é de 14,7%.
A ministra da Saúde falou, ainda, do despacho emitido no sábado pelo Ministério da Saúde, o qual, explicou, "determina o regresso gradual e progressivo à atividade de cuidados de saúde primários e hospitais, numa lógica de acompanhamento constante".
"Destacamos a maximização dos meios de telesaúde, a maximização dos meios para garantir que os utentes não permanecem nos serviços de saúde para além do tempo estritamente necessário e a maximização da realização de atividade assistencial quer nos domicílios ou local equiparado, mas também em ambiente de proximidade", disse Marta Temido.