Segundo explica a BBC, estação de televisão britânica, a vacina da Moderna parece ser mais fácil de armazenar
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Os testes da vacina para a covid-19 levados a cabo pela farmacêutica Moderna revelaram uma eficácia de 94,5%., soube-se esta segunda-feira. Uma notícia que surge da farmacêutica Pfizer ter que anunciada que a sua vacina apresentara uma taxa de eficácia de 90%.
Segundo explica a BBC, estação de televisão britânica, a vacina da Moderna parece ser mais fácil de armazenar, visto que permanece estável a menos 20 graus centígrados durante até seis meses e pode ser mantida num frigorífico normal até a um mês.
Já a vacina da Pfizer, refere a mesma necessita, necessita de armazenamento ultra-frio a cerca de 75 graus negativos, podendo ser mantida num frigorífico durante apenas cinco dias.
A Moderna referiu ainda à BBC que os seus dados até agora sugerem que a vacina "não parece perder a sua potência" com a idade. O ensaio levado a cabo pela Moderna envolveu 30 mil pessoas nos Estados Unidos, sendo que metade recebeu duas doses da vacina, com quatro semanas de intervalo.
IsTo significa que o risco de adoecer com covid-19 foi reduzido em 94,5% entre o grupo de voluntários vacinados e também aqueles que receberam placebo.
Em comunicado, a empresa explica que na terceira fase do ensaio clínico foram identificados 95 casos de doença, sendo que desses apenas cinco tinham recebido a vacina e 90 pertenciam ao grupo que recebem o placebo, em que foram também identificados todos os 11 casos de doença grave.
De acordo com a Moderna, cerca de 9% a 10% das pessoas vacinadas manifestaram efeitos secundários após a segunda dose, como fadiga, rigidez ou vermelhidão no local da injeção.
A terceira fase do ensaio clínico, que arrancou nos Estados Unidos em julho, envolve mais de 30.000 participantes.
"Este é um momento crucial no desenvolvimento da nossa vacina candidata contra a covid-19", sublinha o diretor-executivo da Moderna, Stéphane Bancel, explicando que os novos dados positivos constituem "a primeira validação clínica de que a vacina pode proteger contra a covid-19, incluindo de doença grave".
Com base nestes dados provisórios sobre a segurança e eficácia da vacina, a empresa norte-americana vai submeter nas próximas semanas um pedido de autorização de uso de emergência à Food and Drug Administration (FDA), a agência federal responsável pelo controlo e supervisão do setor alimentar e farmacêutico, e pretende também candidatar-se a autorizações de agências internacionais.
Até ao final do ano, a Moderna espera ter já disponíveis para distribuição cerca de 20 milhões de doses da vacina mRNA-1273 e mantém o objetivo de produzir entre 500 milhões e mil milhões de doses em 2021.
O anúncio surge uma semana depois de a farmacêutica Pfizer ter anunciado que a sua candidata revelou uma eficácia de 90%, também de acordo com dados provisórios.
Além dos novos dados sobre a eficácia da vacina, a empresa revelou hoje também que a sua candidata poderá ser armazenada à mesma temperatura dos congeladores domésticos ou médicos.
"Para distribuição e armazenamento de longo-prazo, a Moderna espera que a mRNA-1273 possa ser mantida a -20°C, o equivalente à temperatura da maioria dos congeladores domésticos ou médicos, por até seis meses", lê-se no comunicado.
As temperaturas podem subir para facilitar o armazenamento em pontos de administração para entre 2°C a 8°C, sendo que nestas condições de refrigeração espera-se que a vacina se mantenha estável durante até 30 dias dentro do prazo de validade de seis meses.
Neste ponto, a candidata da Moderna está em vantagem em relação à vacina da Pfizer, que tem de ser armazenada a temperaturas muito baixas, abaixo de 70°C negativos.