Quebra no volume de negócios anual no setor será superior a 40%, indica.
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A All United Sports, uma consultora na área desportiva, estruturou uma lista de medidas preventivas que devem ser implementadas nos ginásios, de modo a que os mesmos sejam reabertos em maio, após o fim do estado de emergência.
De acordo com os pontos revelados, o reinício da atividade deve ter em conta três fases distintas que se prolongam por mais de cinco semanas.
A All United Sports indica que o impacto da covid-19 na indústria de fitness portuguesa levará a uma quebra no volume de negócios anual no setor superior a 40%, correspondente a mais de 100 milhões de euros.
"Esta estratégia de abertura faseada foi implementada com sucesso em outros países, garantindo não só a segurança dos utilizadores na prática de exercício físico tão importante neste momento, mas também na viabilidade dos ginásios que, em Portugal, encontram-se em situação crítica. Consideramos que as medidas sugeridas são uma recomendação útil para as diretrizes que a DGS e o Governo devem definir para a reabertura dos ginásios, esperando que tal aconteça em conjunto com o comercio local", garante.
Eis as medias indicadas:
1ª fase de abertura (duas primeiras semanas):
Controlo de entradas limitado ao máximo de 1 pessoa por 4 m2 de área aberta;
Medição da temperatura à entrada do ginásio;
Utilização de tapetes desinfectantes para limpeza do calçado;
Obrigatoriedade de utilização de máscara por colaboradores e clientes;
Disponibilização de desinfectante das mãos e toalhetes nas diferentes zonas;
Obrigatoriedade do cliente trazer a sua própria toalha;
Recepção com áreas delimitadas de circulação e acrílicos para protecção dos funcionários;
Zona de cardio-musculação limitada a 50% da ocupação, com os equipamentos desligados de forma intercalada;
Zona de musculação apenas com 1 pessoa por cada 3 m2;
Aulas de grupo, serviços de spa, saunas, turcos, piscinas e duches encerrados;
Cacifos fechados de forma intercalada, permitindo apenas 50% de ocupação;
Suspensão da mensalidade, sem qualquer perca de regalias, a sócios que façam parte dos grupos de risco (mais de 60 anos ou com doenças preexistentes);
Desinfeção constante dos equipamentos de cardio-musculação, cacifos e casas de banho com especial atenção às zonas manuseadas pelos clientes.
2ª fase de abertura (terceira semana):
Manutenção de todas as medidas de proteção individual e higienização dos espaços;
Manutenção da ocupação máxima dos espaços e equipamentos definida nas duas primeiras semanas;
Abertura das aulas de grupo com uma limitação a 50% de ocupação, com um mínimo de 1 pessoa por cada 3 m2, garantindo um intervalo temporal entre aulas de forma a não cruzar clientes e a permitir a renovação do ar dos estúdios;
Abertura intercalada dos duches, limitada a 50% da ocupação, garantindo o distanciamento;
Abertura das piscinas com capacidade limitada a 50% da ocupação e impossibilidade de aluguer de material (toucas, óculos de natação, etc.).
3ª fase de abertura (quinta semana):
Manutenção de todas as medidas de proteção individual e higienização dos espaços;
Avaliação das medidas de limitação de ocupação das diferentes áreas e serviços, ponderando-se a subida da ocupação máxima para 75%.
Avaliação da abertura dos serviços de spa, saunas e turcos;
Esta estratégia de abertura faseada foi implementada com sucesso em outros países, garantindo não só a segurança dos utilizadores na prática de exercício físico tão importante neste momento, mas também na viabilidade dos ginásios que, em Portugal, encontram-se em situação crítica. Consideramos que as medidas sugeridas são uma recomendação útil para as diretrizes que a DGS e o Governo devem definir para a reabertura dos ginásios, esperando que tal aconteça em conjunto com o comercio local.