Caso surja uma segunda vaga, o primeiro-ministro francês sabe o que não vai fazer
Jean Castex descarta novo confinamento total.
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O novo primeiro-ministro francês, Jean Castex, descartou a ideia de um novo confinamento total do país no caso de uma segunda vaga da epidemia do novo coronavírus, em particular para preservar a economia, preferindo implementar medidas "direcionadas".
"Não faremos um eventual novo confinamento como fizemos em março", explicou Castex numa entrevista ao canal BFM TV.
"O confinamento total tem consequências terríveis, humanas e económicas. Portanto, teremos de direcionar" as medidas de contenção, disse o primeiro-ministro, referindo-se a uma eventual segunda vaga da epidemia e para a qual é aconselhável "preparar-se".
"Não suportaríamos economicamente e socialmente um confinamento total e generalizado como o que já vivemos", insistiu.
Jean Castex disse que iria no domingo para a Guiana, o departamento francês que faz fronteira com o Brasil e que foi particularmente afetado pela epidemia do novo coronavírus, que causa a doença covid-19.
"Eu vou para a Guiana no domingo. Na Guiana, as coisas estão a correr mal", reconheceu o chefe de Governo francês.
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Segundo Castex, mais de 130 reservistas médicos já foram enviados como reforço para a Guiana e estão "operacionais nas várias estruturas médicas" do país.
Em França, mais de 168 mil pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus e, entre estas, quase 30 mil perderam a vida, sendo que outras 77 mil já recuperaram da doença.