Avançamos com uma antevisão do jogo de abertura do Mundial de 2002, e damos-te um panorama do que nos espera até ao próximo mês de dezembro.
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Nesta semana, temos para ti um exercício diferente. Avançamos com uma antevisão do jogo de abertura do Mundial de 2002, e damos-te um panorama do que nos espera até ao próximo mês de dezembro, com os olhos postos no Qatar e nas estrelas que vão brilhar nos relvados. Dos candidatos crónicos ao lugar mais alto do pódio às surpresas que podem surgir, vamos proporcionar-te uma visão alargada do que pode vir a acontecer.
Importa ter em conta algumas particularidades deste Mundial. O clima, antes de tudo, poderá ser um desafio para as seleções que não estão habituadas a disputar jogos naquela zona do globo. Depois, o facto de este torneio ter lugar em dezembro, a meio das ligas do hemisfério norte, que pode, eventualmente, beneficiar as seleções do sul, que terminaram já os seus campeonatos e estão a entrar na pausa entre provas.
Catar - Equador
Grupo A
E equipa que acolhe o Mundial tem sempre a seu favor o fator casa. Mas nem sempre isso se traduz numa superioridade clara, contudo, este Mundial tem várias particularidades, como o clima e o facto de ser disputado num Estado onde há muitas - demasiadas - particularidades a ter em conta. O Equador é favorito à vitória e poderá dar a entender como as seleções participantes estarão a fazer a adaptação a todas as condicionantes. O Equador é, ainda assim, favorito.
Grupo H
Neste momento, ainda não foram divulgadas todas as listas de convocados de todas as seleções. Vamos ser rebeldes, inverter a ordem natural do alfabeto e começar pelo grupo de Portugal, que partilhará com Gana, Coreia do Sul e Uruguai. Portugal é favorito, não há como negar, mas o futebol não é matemática. A seleção nacional gira à volta da sua maior estrela, Cristiano Ronaldo, que está longe de estar a atravessar um momento tranquilo, como se pretenderia na antecâmara de um Mundial. CR7 está a ter uma época atribulada e a entrevista concedida ao jornal britânico The Sun veio agitar ainda mais o universo em torno do capitão. Mas CR7 é CR7 e estará, certamente, focado em levar a seleção lusa ao topo do Mundo. Em teoria os grandes candidatos aos dois lugares de topo são Portugal e Uruguai, os melhores classificados no ranking da FIFA. A Coreia do Sul deverá ser levada em conta e o Gana, com a magia e imprevisibilidade do futebol africano, pode surpreender, dependendo, em grande medida de como se estreia na prova.
Grupo A
Equador, Países Baixos, Catar e Senegal compõem o grupo. O país organizador é o menos cotado no conjunto, mas o facto de jogar em casa, num ambiente - no estádio e fora dele - pode ser relevante no desfecho da fase de grupos. Os Países Baixos são os favoritos ao primeiro lugar no grupo, mas as seleções de Equador e Senegal não estão muito distantes uma da outra em termos de valia. Os africanos estão a atravessar uma boa fase e os sul-americanos vêm de três empates sem golos nas últimas três partidas.
Grupo B
Com Inglaterra, Irão, Estados Unidos e País de Gales, o Grupo B é constituído por equipas do Top 20 do ranking da FIFA. A Inglaterra surge à cabeça como principal candidata ao topo do grupo, mas há que ter em conta o desenvolvimento do futebol dos EUA nos últimos anos, bem como o embate com os vizinhos do País de Gales. O Irão pode ser visto como um outsider, mas não é improvável que o selecionador Carlos Queirós possa colocar a seleção que orienta num dos lugares de acesso aos oitavos de final.
Grupo C
A Argentina é a grande favorita deste grupo, que partilha com México, Polónia e Arábia Saudita. A seleção celeste, no terceiro lugar do pódio do ranking da FIFA, é a mais bem posicionada para seguir para a fase seguinte, com a segunda vaga, no mínimo, a ser disputada entre México e Polónia. A Arábia Saudita é, claramente, o elo mais fraco do grupo, mas são raros os Mundiais em que não há uma surpresa. E quem sabe não poderá mesmo vir deste grupo?
Grupo D
É na França e Dinamarca que os holofotes deste grupo estarão centrados, com duas equipas do Top 10 do ranking da FIFA: os gauleses (4.º) e os nórdicos (10.º) estão em destaque neste conjunto, que fica completo com Austrália e Tunísia. Para os detentores do troféu, a tarefa é mantê-lo em casa, mas a formação do norte de África e os australianos não quererão permiti-lo. O embate entre os dois favoritos poderá ser decisivo na classificação final, mas a história mostra-nos que não há vencedores antecipados. Todos os cuidados são poucos.
Grupo E
Com Alemanha e Espanha no grupo, que se completa com Japão e Costa Rica, dificilmente as duas seleções europeias não são vistas como favoritas. A Alemanha venceu a competição por quatro vezes e a Espanha uma, têm das melhores ligas nacionais em todo o mundo e talentos espalhados por diversos países. Se é verdade que o peso da história não entra em campo, é inegável que há superioridade dos dois conjuntos perante os outros adversários. Porém, o Japão estará à espreita de surpreender e conseguir o seu lugar ao sol, ao passo que a Costa Rica ser apurada para os oitavos de final seria uma enorme surpresa.
Grupo F
A Bélgica, em segundo no ranking, assume o cargo de primeiro candidato a seguir em frente na prova, juntamente com a Croácia. Marrocos poderá, no entanto, intrometer-se na caminhada das duas formações europeias na competição, procurando garantir uma vaga nos oitavos de final. Para o Canadá, sem a pressão das expectativas que são colocadas nos candidatos, poderá, também, ser um osso duro de roer para os favoritos.
Grupo G
Objetivamente, será um escândalo se o Brasil não for ficar em primeiro no grupo e um escândalo ainda maior se não alcançar os oitavos. Em aberto estará a disputa pelo segundo lugar, com Sérvia, Suíça e Camarões em busca de uma vaga que os encaminhe para as eliminatórias da prova. Com o samba a marcar o ritmo deste grupo, veremos se a outra vaga ficará para uma das duas seleções europeias ou se os africanos conseguem elevar-se ao nível que tiveram noutros tempos e seguir em frente na prova.

