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Foi extremamente motivado e confiante nos efeitos positivos do importante triunfo sobre o Everton no jogo com o FC Porto, esta noite, que o treinador leonino Carlos Carvalhal se apresentou na conferência de antevisão do clássico de Alvalade. O técnico assume que os jogadores têm capacidade para jogar de três em três dias, mas garante que se torna mais difícil ter êxito e assimilar conceitos e dinâmicas de jogo sem ter sido ele a construir uma base táctica sólida nos primeiros meses da temporada.
"É um clássico! O adversário é forte, com argumentos fortes, e vai encontrar uma equipa moralizada pelo último resultado, com auto-estima um pouco, para não dizer muito, mais elevada do que há semanas. Atravessamos uma sequência de jogos muito grande e densidade competitiva com espiral negativa é uma coisa, com positiva é diferente. O factor motivação ajuda fortemente a recuperar jogadores. Às vezes, é decisivo. Isto é um jogo em cima do outro, com dois jogos nos quais temos de jogar nos limites da concentração e da disponibilidade física. Temos consciência de que se tivéssemos sofrido uma derrota, o peso seria outro. A vitória vai ajudar a recuperar", argumentou Carvalhal.
O técnico referiu os três desafios nos quais os leões tiveram tempo suficiente para trabalhar - com resultados positivos - para justificar a sua tese: "É fundamental é os princípios de jogo estarem assimilados. Saber o que fazer em cada momento do jogo, o que implica uma identidade. A equipa tem assimilado com alguma facilidade esses mesmos princípios, nunca disse que não há capacidade para jogar de três em três dias. Tem a ver com pilares de sustentação para o ano todo, com eles sólidos a equipa consegue responder às exigências. Sempre que tivemos uma semana para trabalhar, a equipa respondeu bem, com Leixões, Braga e Everton. Não quer dizer que não aguente. A base táctica não é solidificada e estamos permanentemente em recuperação. Com o Everton, a equipa ganhou consistência e capacidade de pressão. O FC Porto tem em comum ser muito forte nas transições ofensivas... Podemos fazer alterações sem perder a identidade."
Carvalhal espera que a consistência adquirida ajude a ultrapassar os "lapsos ao nível da agressividade" com que justifica a derrota no Dragão. O treinador do Sporting quer um jogo de "grande atitude, entrega" e "criar dinâmica, explorando uma ou outra debilidade" dos dragões.