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Trabalharam juntos no Chelsea e Inter e separaram-se há pouco mais de um ano. Falamos de André Villas-Boas, treinador do FC Porto, e José Mourinho, técnico do Real Madrid. Hoje não vão estar, obviamente, frente a frente na final da Champions, mas situar-se-ão em campos opostos. O primeiro torce pelo Barcelona, que já disse "ser uma inspiração", o segundo pelo Manchester United do amigo Ferguson. E o assunto foi abordado na conferência de antevisão. Sobre os elogios do treinador portista depois de ganhar a Liga Europa, Guardiola retribuiu-os: "Não vejo isso como algo pessoal. Eu inspirei-me em muita gente e, a partir de agora, também terei de me inspirar em Villas-Boas. Oxalá nos encontremos na Supertaça." Sir Alex, por sua vez, revelou ter falado com Mourinho. "Na curta conversa que tive com ele, desejou-me sorte e sabe que esperamos ganhar."
Mas a conferência de Imprensa de ontem ficou igualmente marcada pelos elogios mútuos dos treinadores, que realçaram o sucesso que têm alcançado à frente dos respectivos clubes e também uma ideia comum: esta final não tem nada que ver com a de 2009. Aliás, o técnico do Barça considera mesmo que se a sua equipa "jogar como em 2009, possivelmente não ganhará", acrescentando que já identificou "os erros cometidos nesse jogo" e que conversou sobre isso com os seus jogadores. Quanto a Ferguson, diz que "não quer vingança", mas confia: "Agora estamos mais bem preparados para vencer."
Refira-se que Pep Guardiola e Alex Ferguson vão hoje procurar enriquecer os seus currículos e fazer história. O primeiro pode, aos 40 anos, tornar-se o mais jovem treinador de sempre a alcançar duas vitórias na prova - superando José Mourinho, que tinha 47 anos quando ganhou o ano passado pela segunda vez, com o Inter. Quanto ao segundo, persegue o seu terceiro título continental, podendo descolar de um ilustre conjunto de treinadores - Hitzfeld, Ancelotti, Del Bosque e Mourinho, só para citar ao mais recentes - e igualar Bob Paisley, o único técnico tricampeão europeu (ao serviço do Liverpool).