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O crédito de Hugo Ventura ainda não se esgotou, pese embora tenha sido recentemente emprestado pelo terceiro ano consecutivo. De regresso a Olhão, onde já esteve em 2009/10, o guarda-redes renovou primeiro o seu contrato com o FC Porto, prolongando o seu vínculo por mais duas épocas. Ventura fica assim ligado aos dragões até 2014, ficando com tempo para comprovar aquilo que um dia Vítor Baía previu: qualidade para ser titular durante muitos anos do FC Porto, seguindo o seu exemplo.
Apesar de o Portimonense, onde jogou, ter descido à Liga Orangina, Ventura esteve em bom plano, especialmente no final da temporada, e mereceu até duas convocatórias de Paulo Bento para a Selecção Nacional. Não chegou a jogar, mas acumulou créditos e confiança e reforçou a condição de jovem promessa que, no seu posto específico, se pode prolongar durante alguns anos. Esta temporada, a sua integração no plantel portista nem sequer esteve em causa, mas só porque os responsáveis da SAD acreditam que nesta fase ficar um ano sem jogar seria dar um passo atrás na carreira. Com 23 anos, e menos 10 do que Helton, Ventura está na linha de sucessão ao brasileiro, num patamar onde Beto e Bracali também mantêm aspirações. A diferença é mesmo a idade. Por ser o mais jovem de todos, Ventura é o que pode ter menos pressa de crescer. A renovação de contrato também vai no sentido de o jogador continuar a desenvolver-se sem pressão adicional.
Na linha de sucessão há ainda outro jogador formado no clube em que se deposita muito futuro: Kadú. Mas claramente a longo prazo, o que não acontece com Ventura, encarado com perspectivas de, num cenário optimista, assumir a baliza em poucos anos se tal conjectura se proporcionar.
Noutro plano, André Pinto, defesa-central que também ruma a Olhão por empréstimo, sai sem ver o seu vínculo revisto. Mas neste caso também há uma explicação: só termina em 2013 e há mais tempo para decidir. Também ele soma empréstimos consecutivos, quatro no caso.