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José Eduardo Bettencourt abriu o coração aos sócios e adeptos leoninos imigrantes em Toronto, principal cidade do Canadá. Anteontem à noite (madrugada de ontem em Portugal), o presidente do Sporting pegou no exemplo de dedicação dado por aquele - ainda que distante da casa-mãe - grupo de apoiantes do símbolo leonino e assim explicar o que pretende para o futuro do clube por si liderado há oito meses. Mesmo esgotado pouco tempo após um voo de mais de sete horas entre Lisboa e aquela cidade canadiana, o número um de Alvalade ainda reuniu energia para empolgar a centena de pessoas presentes no Sporting Clube Português de Toronto. Isto depois de discursos protocolares de Augusto Pires, presidente daquela filial, e de Rogério de Brito, vice leonino encarregue do pelouro dos núcleos.
Depois de descerrar uma placa evocativa da sua visita à filial local, que celebra o seu 30º aniversário, o responsável máximo dos verdes e brancos afirmou: "É um enorme orgulho e satisfação estar aqui presente junto de gente trabalhadora, dedicada ao Sporting, pessoas que fazem mais do que aquilo que falam, justamente o que pretendo na organização do nosso clube. Vocês encarnam o espírito do lema sportinguista e se é verdade que muitas vezes nós, dirigentes, e os próprios atletas vamos ao museu Mundo Sporting em busca de inspiração, por vezes é necessário vir aqui sentir este convívio especial junto de quem está distante de Portugal para ter essa mesma inspiração."
Consciente da desilusão reinante entre a família leonina à escala global ao terminar uma época desportiva para esquecer, José Eduardo Bettencourt foi mais além. "Eu ainda não vos dei quaisquer alegrias. Mas tenho esperança no futuro, tenho vontade de lutar ainda mais para que, em equipa, consigamos dar-vos a vitórias e alegrias que tanto merecem e engrandecer o Sporting. Eu sinto-me pequeno perante a obra de tantas outras pessoas em mais de cem anos de história do nosso clube, sou um simples sócio, mas hoje, por diversas circunstâncias sou presidente desta instituição. Estamos aqui para fazer, não para falar. Estamos aqui para construir não para destruir. O Sporting é um clube capaz de mostrar o que em Portugal se pode fazer!", exclamou. Numa mensagem apaziguadora, mas construtiva, o gestor concretizou: "Precisamos deste espírito depois de uma época que tanto nos prejudicou, que tanto foi marcada pelo conflito. Queremos mais, com trabalho e ambição."
