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>"Vamos ter a Cidade do Futebol neste mandato"
Fala em transferir o projecto da Casa das Selecções de Sintra para o Jamor, com a ajuda do Governo. Não é um projecto novo. O que o faz estar tão optimista de que desta vez avança?
A Cidade do Futebol, como lhe chamamos, é conceito muito semelhante ao "Las Rozas", onde a federação espanhola centralizou as infra-estruturas de apoio à selecção. Existem condições para instalar o projecto no Jamor e também vontade política do actual Governo de rapidamente dotar a FPF desse recurso. Pode ser a FPF a custear?
Sabemos que a FIFA pode custear parte. No ano passado, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, também se dispunha a ajudar. A solução será encontrada em termos globais, mas estamos convencidos de que vamos concretizar o projecto neste mandato. Põe dúvidas a respeito da continuidade da Taça de Portugal no Jamor. Se, no Verão, as actuais condições do estádio forem as de hoje, joga-se lá a final ou não?
Se na nossa análise tiver condições de segurança adequadas ao prestígio da prova, será no Jamor, naturalmente. Mas agora tem?
São conhecidas as enormes deficiências. Não deixaremos de estabelecer com as entidades as condições adicionais para proteger e assegurar toda a actividade desenvolvida. Não podemos descurar um aspecto fundamental, que é a segurança das pessoas. Falou em reformular a Taça de Portugal. É aplicável o modelo da Taça da Liga, em que tudo é dirigido para haver decisões entre os grandes clubes?
Temos de compaginar o interesse comercial da prova com o interesse desportivo. A filosofia da Taça de Portugal é diferente, mas terá de ser encontrado um mecanismo para a salvaguardar do ponto de vista monetário. Hoje, a prova não tem patrocinadores, fruto do seu modelo competitivo.
