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Assim vale a pena ir ao futebol! Apesar do frio, o jogo foi quente, emotivo e um hino ao futebol de ataque! Muito por culpa da equipa de Henrique Calisto que, além de vencer sem qualquer contestação, apresentou uma faceta até aqui escondida: apostou numa toada ofensiva assinalável e subjugou o adversário à linha recuada, invariavelmente pelo corredor esquerdo. Foi por ali que passou uma espécie de vendaval de futebol de ataque pacence, com Luisinho, Melgarejo e Michel, a semearem o pânico no incauto sector recuado leiriense, composto por três centrais, apoiados nas alas por Ivo Pinto (que passou por enormes aflições) e Obradovic, elementos que ficaram, umbilicalmente, ligados aos quatro (!) golos do Paços de Ferreira.
No entanto, tudo parecia caminhar bem para a equipa de Manuel Cajuda que cedo se colocou em vantagem por John Ogu, sem dúvida um reforço de peso que, uma vez mais, fez a diferença. Em boa hora o Leiria marcou, pois a partir desse momento o Paços como que despertou e depressa alugou o meio-campo, investindo, com acutilância, no ataque. Resultado: em apenas três minutos, Manuel José bisou e operou a reviravolta no marcador, colocando a nu as fragilidades defensivas do adversário. Ogu, sempre ele, ainda igualou através de um golo monumental, mas o episódio ainda ia a meio e sentia-se que o Paços não iria abrandar o ritmo na segunda-parte. E não abrandou.
Melgarejo, endiabrado, serve Michel, que faz o 3-2, e, apesar da alteração táctica (4-5-1), o Leiria não se recompôs e ainda viu o nº30 dar o golpe de misericórdia, caindo, assim, para o último lugar.
