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O sorteio da Liga dos Campeões foi pouco simpático quando ditou que Zenit, Shakhtar e FC Porto teriam de medir forças para garantir a passagem à fase seguinte. No entanto, ninguém, até hoje, se iria lembrar de colocar os cipriotas do APOEL, como potenciais candidatos a algo mais que o último lugar. A equipa dos portugueses Paulo Jorge, Hélio Pinto e Nuno Morais lidera o grupo G depois de empatar 1-1 com o Shakhtar em Donetsk. Este resultado apenas vem confirmar que a vitória em casa sobre o Zenit não foi acaso e que a equipa pode ter uma boa prestação nesta edição da Liga dos Campeões.
Os quatro pontos já garantidos permitem agora sonhar com algo mais do que a presença na fase de grupos. "Não éramos nem somos favoritos mas temos mostrado valor. Neste momento, não temos nada a perder", admite Paulo Jorge sobre a surpreendente liderança, à passagem da segunda jornada, sublinhando querer agora "desfrutar e pensar jogo a jogo". O defesa reconhece a dificuldade da prova mas assegura que o grupo tem "qualidade" para tentar importunar os adversários até final. "Será difícil mas vamos tentar no mínimo ir à Liga Europa e conseguir um feito para o futebol cipriota", revela.
O APOEL tem este ano a sua segunda aparição na Champions, depois da estreia em 2009/2010, onde fez parte do grupo D com Chelsea, Atlético de Madrid e FC Porto. Nesse ano, os cipriotas ficaram no último lugar mas conseguiram trazer de Londres e Madrid dois empates. Este ano, o capitão Hélio Pinto reconhece que a equipa está "mais experiente" e que o objectivo de "somar mais pontos que da última vez" já foi conseguido. Por sua vez, Nuno Morais atribui o sucesso na prova ao trabalho que a equipa vem desenvolvendo. "Trabalhamos jogo a jogo para dar o nosso melhor e vamos continuar a lutar até ao final", revela o português.
Na próxima jornada, o APOEL joga no Dragão, e os jogadores, conhecendo as dificuldades, prometem tentar discutir o resultado.