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>Torres de pedra e cal
De herói no Europeu a quase vilão no Mundial; sumariamente, esta pode ser a descrição a aplicar a Fernando Torres, o alvo de muitas críticas por parte da Imprensa espanhola. A "culpa" é do rendimento aquém do esperado, e nem o facto de ter estado a recuperar de uma lesão na parte final da época do Liverpool atenua o tom de alguns críticos, que pedem a sua saída do onze e a sua substituição por Fernando Llorente. Apesar de os números darem razão aos detractores - quatro jogos, 212 minutos e... zero golos -, Del Bosque não vê razões para o relegar para o banco dos suplentes. Se dúvidas havia, o seleccionador fez questão de as dissipar ontem. "É impossível que não surja discussão numa prova deste tipo, porque todos têm opinião. Mas, neste momento, o nosso avançado é o Fernando [Torres]. Jogou os quatro jogos, muitos minutos, e vai render mais. Confiamos plenamente nele e também sabemos que o Fernando Llorente nos pode dar muitas coisas", disparou Del Bosque quando confrontado com o rendimento de El Niño.
Sem perder tempo após o triunfo sobre Portugal, a Espanha regressou aos treinos a pensar já no embate com o Paraguai, naquele que poderá ser uma vingança da desfeita feita pelos sul-americanos no Mundial da França. Na fase de grupos, os guaranis qualificaram-se, enquanto La Roja ficou pelo caminho. Algo que os espanhóis agora querem inverter, mas com Del Bosque a alertar para o perigo que a equipa de Gerardo Martino representa. "Está a demonstrar carácter, com jogadores que fazem grande pressão, que sabem o que fazem, com e sem bola, com um estilo semelhante aos chilenos", declarou o seleccionador.