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Tiago Pires começou cedo a correr mundo, à procura de pontos para ser aceite entre a elite. Hoje tem 31 anos e para trás uma carreira intensa que se internacionalizou ainda na adolescência. Diz que perdeu "a conta às milhas que percorreu", mas num olhar mais prolongado contam-se, só em 2011, cerca de 60 mil, entre o World Tour e o WQS, onde também ganha pontos para não descer de divisão. O ano começou na Austrália, seguiram-se Brasil, África do Sul, Taiti, França, Havai, Fiji e EUA, sendo que neste último país competiu quatro vezes. Longe da família, enfrenta muitas horas de avião, semanas de hotéis ou casas alugadas, carregando as melhores pranchas (chega a transportar dez numa viagem de avião, pagando taxas elevadas). Não se queixa da vida itinerante. "Foi a que escolhi", diz, mas "as saudades, essas, não se controlam". Este Natal vem a casa, depois do desfecho da época no Havai, e pela Ericeira ficará até Fevereiro. Serão quase dois meses para matar saudades e com regressos nos intervalos das provas, que somados dão - contas feitas por Tiago - "um total de oito meses em casa".