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>"Tenho as portas abertas para voltar"
Assim, com paixão, é como Mariano González recorda o FC Porto. No balanço da sua passagem pela Invicta, encontra meses complicados, os primeiros, mas depois surge uma catarata de alegrias que o marcaram para sempre. Golos, voltas olímpicas, a braçadeira de capitão e a inesquecível despedida. "A reacção dos adeptos no meu último jogo foi linda, sobretudo depois do que tinha sido esse ano para mim, por causa da lesão e não estar inscrito para jogar até Janeiro. Os adeptos apoiaram-me sempre e reconheceram o meu trabalho. No dia em que regressei à competição, gritaram o meu nome e emocionei-me. Foi muito forte. Por isso, estou muito agradecido ao clube e aos adeptos", confessa o agora jogador do Estudiantes de la Plata.
Imaginava sair do FC Porto como um ídolo?
Foi algo incrível, sobretudo depois de tudo o que vivi aquando da chegada ao clube, porque os primeiros meses foram complicados. Não entrei bem na equipa. Depois, dei a volta e os adeptos apoiaram-me e também recebi a confiança das pessoas do clube e dos meus companheiros.
Que significa o FC Porto na sua carreira?
No FC Porto atingi o ponto mais alto a nível futebolístico porque o clube tem uma marca registada muito importante. Está ao mesmo nível de ter jogado pela selecção da Argentina e no Inter. É uma marca impossível de apagar da minha vida.
Que título traz melhores recordações?
Os dois primeiros no campeonato foram muito importantes, desde logo pelo facto de os primeiros tempos terem sido difíceis para mim. Participei em muitos jogos. Também destaco o que conseguimos a nível europeu, ainda que não tenha jogado a Liga Europa. Foi um conjunto de alegrias inesquecíveis.
Quando o Lucho saiu ofereceram-lhe a hipótese de voltar quando quisesse para jogar ou trabalhar no clube. Passou-se o mesmo consigo?
Sim, também. Quando saí, o Antero Henrique disse-me que a mesma proposta que fez ao Lucho era válida para mim. Isso não acontece a todos... É algo que te reconforta. Lucho, por exemplo, foi dos melhores jogadores que passaram pelo FC Porto, deu tudo por esta camisola. Destacava-se pela humildade que tinha e elevou alto a bandeira do clube. Daí a vontade de o FC Porto o ter sempre por lá. Colocarem-me a esse nível é impressionante.
E quais são as hipóteses de voltar?
Deixei muitas coisas lá. Tenho a minha casa, as minhas filhas (Morena, de dois anos, e Camila, de sete meses) nasceram lá e estou a pensar passar por lá nas férias. Tenho muitos amigos fora do clube também. O FC Porto marcou a minha vida futebolística e também quotidiana. Receberam-me e trataram-me bem.