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A quinta edição da Taça da Liga conhece o epílogo, no sábado à noite (20h45), dia em que o detentor do troféu, o Benfica, medirá forças com o Gil Vicente, que está metido nestas andanças pela primeira vez. Uma competição "jovem", conforme apelidou ontem Mário Figueiredo e que, recentemente, até perdeu o patrocínio da Bwin, pela via judicial, mas que "veio para ficar". " A Taça da Liga foi lançada no tempo do doutor Hermínio Loureiro, com grande sucesso, mas ainda tem um caminho a percorrer. É uma taça muito importante, porque contribui para uma Liga forte, mas também para a vertente financeira dos clubes", constata o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. O dirigente lembrou que a prova "gera um valor monetário muito significativo em que os direitos estão centralizados na própria liga, que distribui todas as receitas", explicando de seguida mais detalhadamente: "Os valores médios da receita global rondam os 4 milhões de euros para os clubes da Liga ZON Sagres e da Liga Orangina, o que permite uma verba interessante, pois tem um modelo de distribuição solidário e equilibrado. Na época passada a Liga distribuiu mais de um milhão de euros só a clubes da Liga Orangina, em prémios da Taça da Liga. Esta época, esse valor será superior. Por exemplo, um clube da Liga Orangina que conseguiu chegar à 3.ª Fase recebeu mais de 100 mil euros", contou Mário Figueiredo.
Quanto à perda do patrocínio, o sucessor de Fernando Gomes espera que em breve "haja uma boa decisão para os clubes de futebol", lançando o repto ao Governo, ali representado pelo secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre. Mário Figueiredo fez ainda um convite "às famílias" para irem ao futebol, salientando ainda o facto de na final estar presente "um dos maiores clubes portugueses" que terá pela frente uma equipa que "tem tido algum sucesso esta época e que tem desafiado os grandes clubes do futebol português", antevendo, por isso, uma final "competitiva e emotiva".
Para Barbosa de Melo, o embate de sábado será uma espécie de confronto entre "David e Golias", desejando que "ganhe o melhor", apelando para um "clima de respeito". O presidente da Câmara Municipal de Coimbra entende que a cidade "reconhece o esforço que a Liga tem vindo a fazer através da Taça da Liga", piscando ainda o olho aos adeptos do futebol: "O estádio está de braços abertos para a família. Será um ambiente de festa e apraz-nos muito este espírito".
Alexandre Mestre, por seu turno, espera que "a final seja um exemplo de ética no desporto", numa alusão ao plano nacional que o Governo está a levar a cabo, enquanto José Eduardo Simões falou do "orgulho" que é "receber a final da Taça da Liga pela segunda vez" no Estádio Cidade de Coimbra, aproveitando para desejar "o maior sucesso aos dois finalistas" e aguardando que o jogo "seja empolgante". Relativamente ao recinto, o líder da Académica recordou que este é "o único estádio municipal do país que não traz prejuízo ao erário público".
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