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Wires vai representar o Steaua de Bucareste durante duas temporadas. Afinal, e apesar de António da Silva Campos, presidente da Direcção, que ontem se manteve incontactável, ter afirmado que o médio brasileiro renovara recentemente contrato, Wires vai jogar no campeonato da Roménia. A saída de Wires, refira-se, só foi possível porque o novo contrato previa uma cláusula especial, que o libertaria do vínculo ao Rio Ave, em função do pagamento de uma determinada verba. Ora, é aqui que reside o busílis de toda a confusão que se gerou ontem.
Os jornais romenos avançaram que o jogador estava em final de contrato com o Rio Ave, pelo que o único obstáculo encontrado para fechar rapidamente a sua contratação teve a ver com questões financeiras. E o próprio Wires afirmara já no Aeroporto Francisco Sá Carneiro que não... renovara. Mas, na realidade, este desencontro deve-se ao cumprimento de um acordo de confidencialidade. Ou seja: nenhuma das partes divulgaria o montante da referida transferência. Ainda segundo os jornais desportivos romenos, Wires pedia 250 mil euros/época e 200 mil de prémio de assinatura, mas os dirigentes do Steaua ofereceram 180 mil/época mais 50 mil e o negócio apenas estará dependente dos exames médicos. Wires, de 28 anos, após quatro épocas em Vila do Conde, vai assim juntar-se ao central Geraldo, irmão de Bruno Alves e Júlio Alves, companheiro de equipa no Rio Ave. Curioso é que Mihai Stoica, 'manager' do clube romeno, reparou em Wires num jogo em que veio observar o avançado Yazalde.
Termina assim uma ligação de quatro anos a Vila do Conde, de resto, o único clube que representou em Portugal. A polivalência, naquela altura, tornou este médio um elemento atractivo, constituindo agora uma grande vantagem para os interesses do Steaua de Bucareste. Wires estreou-se na última edição da Liga ZON Sagres como titular, na quinta jornada, frente à Académica, e adaptado a lateral-direito.