Corpo do artigo
No FC Porto, acha que encaixaria melhor a defesa-direito ou como médio?
É difícil dizer porque os jogadores têm muita qualidade e história no clube. Vou precisar de conquistar o meu espaço. A minha preferência passa por jogar no meio, sempre deixei isso bem claro, mas neste momento jogo como lateral no Santos e na selecção. Também acho que posso fazer um bom trabalho a jogar como lateral. Chegou ao Santos como defesa. Por que mudou a sua preferência? Sente-se mais à vontade no meio-campo?
Antes tinha muitas dificuldades de actuar uns tempos no meio e depois voltar para a lateral. Sentia muito. Mas hoje alcancei uma maturidade de jogar uma partida no meio e outra na lateral sem sentir. Já me adapto rapidamente. Só prefiro jogar no meio porque marco mais golos, algo para o que tenho potencial e que me faz ficar mais à vontade. Tenho trabalhado muito na lateral, também, para ficar mais igual nas duas posições. Está consciente de que pode não ser logo titular no FC Porto, até pelo facto de chegar a meio da época?
Tentei explicar isso algumas vezes, mas as pessoas interpretaram que eu queria sair logo do Santos. Na altura, limitei-me a dizer que é muito diferente chegar a um clube no começo da temporada ou a meio. Eles já terão um padrão de jogo, um esquema formado, e os jogadores já entendem a filosofia do treinador. Quem está no grupo desde o início tem uma grande vantagem. Ficar até o fim do ano foi uma condição sua ou do Santos?
Foi a primeira coisa que o Santos impôs para poder negociar. Por isso, não tinha como contornar esta situação. Mas todos acataram e ficaram felizes.
"Barça? Não vamos mudar"
Conversámos sobre isso e chegámos a conclusão de que não devemos mudar o nosso jeito de jogar. Sempre que mudamos, vamos mal. Precisamos marcar muito forte, um pouco mais atrás da linha da bola e sair rápido para surpreender. No jogo Milan e Barcelona, o Pato fez um golo exactamente assim. Quem tem a obrigação de marcar, tem que marcar forte, e os da frente fazerem os golos.