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José Eduardo Simões anunciou ontem oficialmente a candidatura à liderança da Académica concorrendo, deste modo, ao terceiro mandato consecutivo como presidente dos estudantes. Lembrando a obra feita nos últimos oito anos e alguns dos resultados mais significativos em termos desportivos, o dirigente não prometeu a Liga Europa, como fez, por exemplo, o seu opositor Maló de Abreu: "Temos de prometer aquilo que somos capazes de fazer com os nossos recursos. A Académica tem um dos cinco orçamentos mais baixos da Liga. Quando alguém faz esse tipo de promessas significa que está fora da realidade. Nós estamos dentro da realidade, mas temos de ser capazes de fazer melhor. Queremos ficar com regularidade na primeira metade da tabela classificativa."
Recusando-se a falar sobre o sucessor de Ulisses Morais no comando técnico dos capas negras, Simões diz não saber se Jorge Costa já assinou contrato com o Cluj, da Roménia. De qualquer maneira, garante que o técnico "terá de cumprir com aquilo que ficou acordado aquando da rescisão contratual" e ressarcir os estudantes no valor de 150 mil euros, informação que, de resto, O JOGO já adiantara.
Sem revelar ainda a composição da Direcção, ficou a saber-se quem serão os cabeças de lista para os diversos órgãos: Fernando Oliveira (Assembleia Geral), António Preto (Conselho Fiscal) e José Barros (Conselho Académico).
Maló não arrisca
O candidato Maló de Abreu apresentou, ontem, os cabeças de lista aos diversos órgãos sociais da Académica, mas, a conferência de Imprensa acabou dominada por outros assuntos. Embora prometa não avançar nomes de contratações, durante a campanha, o médico revelou que pretende um "treinador consagrado" para a Briosa, entendendo que o tempo não é de experiências. Maló de Abreu lamentou ainda a decisão da Comissão Eleitoral a propósito da reclamação que apresentou por causa da ausência de muitos associados dos cadernos eleitorais.