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Artur | Defesa apertada aos 11' quando o árbitro anulou um golo a Cardozo. Não teve depois mais momentos de muito aperto e limitou-se a não complicar.
Miguel Garcia | Marcar César Peixoto nem foi tarefa difícil, mas levar com Coentrão de rajada e sair sem ser fortemente beliscado é de elogiar. Muito tímido no plano ofensivo.
Paulão | Conseguiu corrigir o erro do primeiro minuto com o alívio para canto. Mais tarde, valeu que Cardozo atirou ao poste para evitar males maiores na segunda falha grave. Segunda e última, pois de aí em diante acumulou intercepções valiosíssimas que garantem a eliminatória em aberto na segunda mão. Saviola (64'), Jara (83') e Cardozo (90+1') que o digam.
Rodriguez | O amarelo aos 6' por falta sobre Aimar e o nervosismo que denotou nos primeiros passes não indiciavam a tranquilidade que se seguiu. Ficou com Saviola e, grosso modo, não se deu mal.
Sílvio | Se o Atlético de Madrid estava a ver o jogo, então aos 3' deve ter ficado impressionado com a capacidade de remate do provável reforço. Mas não foi só. Sílvio foi um dos principais pilares defensivos da equipa e, perante a falta de afoito dos mais avançados, mostrou como se ataca sem perder equilíbrio. Bons pormenores técnicos, excelentes iniciativas, mas curto a cruzar.
Vandinho | Para quem estava em risco de suspensão, começou demasiado intempestivo. O árbitro foi perdoando mas aos 39' não teve como escapar. Mudou radicalmente a partir desse minuto e nem é tanto pelo golo (estranho) que tem nota positiva, mas mais pela forma como se adaptou a funções mais ofensivas quando Domingos lançou o terceiro trinco. E aos 90' teve nos pés o empate...
Hugo Viana | Numa primeira parte marcada pela quantidade de passes falhados, marcou a diferença pela qualidade nesse parâmetro. Recusou o "chutão" e devolveu a equipa ao ritmo que mais lhe agrada. Faltou-lhe rasgo para desequilibrar, apesar de ter estado no livre que daria o empate.
Salino | Começou como 10 mas depressa virou à direita para estancar as subidas de Fábio Coentrão. A equipa preferiu sempre atacar pelo lado de Alan e ao ex-Nacional não devem ser imputadas responsabilidades por isso.
Alan | O mais sobrecarregado jogador em campo (e talvez culpa disso) nem sempre pode ser decisivo. Ontem não foi. Mas é incrível como nunca se esconde e decide sempre bem. Faltaram pernas, força, fulgor e imaginação. Mas sobrou raça, querer e insubmissão.
Meyong | Preso entre Luisão e Jardel, nunca se conseguiu livrar dessa situação. Aos 49', completamente isolado, rematou contra Roberto. Estava fora-de-jogo, mas o falhanço é incrível.
Lima | Escondido na esquerda e bem mais em foco quando se juntou a Meyong, para um esquema com dois avançados de que tanto gosta. Irreverente e rematador, foi a principal muleta de Alan. Faltou clarividência.
Custódio | Ajudou a fechar o meio e a conferir tranquilidade ao sector.
Mossoró | Muita genica, pouco acompanhamento. Sozinho e como falso ponta-de-lança não pôde fazer mais...
Kaká | Entrou para reforçar a consistência mas viu-se mais na transição ofensiva.
