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Amanhã, a milhares de quilómetros de Portugal estará um fervoroso adepto "a vibrar com a final da Taça". Rui Nascimento, adjunto de Manuel Cajuda no Al-Sharjah, clube localizado na terceira cidade mais populosa dos Emirados Árabes Unidos, promete acompanhar, via internet, as ocorrências deste empolgante jogo entre o Guimarães e o FC Porto, dois dos clubes que "mais marcaram a [sua] carreira como jogador". Em frente ao portátil, estará preparado para reviver as emoções da final de 1987/88, naquela que foi a última presença do Vitória no Jamor. Na altura alinhou no meio-campo dos minhotos ao lado de Adão e N'Dinga, sob o comando técnico de José Alberto Torres, e recorda com emoção "a brilhante exibição do Vitória diante de um adversário muito forte". "Foi um jogo muito intenso, discutimos o resultado taco a taco com o FC Porto, que tinha sido campeão nesse ano, e nós vínhamos de um campeonato muito difícil onde só garantimos a permanência a algumas jornadas do final. A presença no Jamor foi um prémio para todos nós. E se não fosse aquele golo de Jaime Magalhães, podíamos ter ido ao prolongamento e feito mais qualquer coisa", lembrou.
Sem querer fazer qualquer prognóstico para a partida, pois diz ter "uma ligação especial aos dois clubes" - já que depois de ter representado durante quatro anos o clube da Cidade-Berço, no qual conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira, único título de expressão nacional do clube, rumou em 1989/90 ao FC Porto, onde foi campeão -, espera apenas que "ganhe o futebol e a melhor equipa em campo". Ainda assim, acredita que "será uma final em tudo idêntica à da Liga Europa" - conquistada, recorde-se, na passada quarta-feira pelos azuis e brancos diante do Braga -, "muito táctica e com poucas oportunidades de golo". "O Guimarães terá mais cautelas defensivas, apostando no contra-ataque", acrescentou, certo de que "a vibração nas bancadas" por parte de "duas claques muito ferrenhas e fortes" transmitirá "um grande calor humano para dentro das quatro linhas".
