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O Sporting cometeu no passado sábado mais um pecado grave: a derrota com o Estoril, adversário que milita no escalão inferior. O resultado, que caiu muito mal entre os adeptos, mesmo se o interesse competitivo do encontro era praticamente nulo e a derrota não tinha consequências práticas - os leões garantiram o apuramento para as meias-finais da Bwin Cup -, permite retirar algumas conclusões relevantes, no que à composição do plantel diz respeito, e no que toca à avaliação do que a equipa verde e branca ainda pode fazer até ao final da temporada.
É que, mais uma vez, Paulo Sérgio quis aproveitar a oportunidade proporcionada pela ausência de pressão desta prova para chamar ao onze os elementos menos utilizados, dando, simultaneamente, alguns minutos a quem regressava de paragens provocadas por lesões. Certo é que a resposta foi negativa e a teórica "segunda equipa" foi incapaz de se superiorizar a um oponente que não deveria poder ambicionar, sequer, o equilíbrio. A análise pode ser cruel, mas está claro que as alternativas disponíveis aos actuais titulares não oferecem as mesmas garantias, muito menos quando são incluídas num onze que promovia oito alterações em relação à formação que tinha ganho ao Marítimo.
Esta não foi a primeira vez que Paulo Sérgio optou por tão drásticas mudanças, mas só mesmo a primeira resultou: em Lille, com as oportunidades concedidas, então, a Abel, Torsiglieri, Vukcevic, Zapater, Salomão ou Saleiro. O contexto era, contudo, bem diferente, já que, numa fase precoce da temporada, a diferença de ritmo entre os mais e menos utilizados não é tão evidente como agora e o factor de motivação de quem entra para disputar um jogo a contar para uma competição europeia é claramente superior à postura que ficou patente no sábado, na partida da Bwin Cup.