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António Salvador é exímio a gerir as contas da SAD, e não é pelos números que O JOGO agora apresenta que perdeu o tino. Pelo contrário. Apesar de estar a bater todos os seus recordes no ataque ao mercado, o presidente não tem entrado em loucuras, e é por isso que Magrão e Darragi estão difíceis e que Marcelo Boeck e Farías falharam.
Este ano há mais dinheiro para gastar - a caminhada europeia e a venda de Sílvio fizeram entrar perto de 30 milhões de euros nos cofres arsenalistas - e, por isso, as armas jogadas têm sido mais fortes. Zé Luís, por exemplo, passou desde já a ser a contratação mais cara de sempre, ultrapassando Linz e Mossoró, até aqui líderes dessa tabela. Mas se, quanto ao ponta-de-lança do Gil Vicente, já eram conhecidos os valores aproximados da transacção, os sócios podem saber também, através de O JOGO, o real custo dos outros reforços já assegurados.
A maior surpresa tem a ver, provavelmente, com o custo de Baiano: 400 mil euros pagos ao Grémio Anápolis para ficar quatro anos com o lateral brasileiro. Aliás, foi precisamente pela (longa) duração do contrato que Salvador acedeu pagar tanto. Na época passada, só Sílvio custou tanto, e Lima, por exemplo, cifrou-se em pouco mais de metade (250 mil euros).
Num patamar inferior a Zé Luís e Baiano situam-se Rodrigo Galo e Henrique. O lateral-direito custou cerca de 200 mil euros, tal como há muito também se sabia. Já o resgate de Henrique valeu 125 mil euros ao Olhanense, que o tinha contratado a custo zero depois de o jogador terminar contrato com o Feirense.
Djamal, Imorou, Douglas e Nuno André Coelho não tiveram custos com a aquisição de passes. Será também nessa condição que Nuno Gomes assinará pelo Braga. Mas até ao final do mercado é provável que Salvador volte a ter de abrir os cordões à bolsa. O recorde de investimento tende a subir e a passar os dois milhões de euros.