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O triunfo espanhol nos oitavos-de-final é analisado como sendo inteiramente justo pela Imprensa internacional. A consistência defensiva dos portugueses é também unanimemente reconhecida, mas apontada como uma das poucas virtudes lusas, com Portugal a ser acusado de pouca profundidade ofensiva. Ronaldo, como sempre, está no centro das atenções. Responsável ou vítima, as opiniões dividem-se
marca.com
Ronaldo de férias | A selecção espanhola esteve mais de uma hora a partir pedra, até que Villa encontrou o buraco para chegar à baliza de Portugal. (...) Portugal, por fim, viu-se obrigado a sair do buraco. Chegou a hora do tiki-taka, a especialidade da casa. Só nos últimos cinco minutos, fruto do cansaço e dos estertores de Portugal, houve sofrimento controlado. Cristiano? Bem, obrigado. De férias.
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Uma mara... villa | Um golo de David Villa levou a Espanha aos quartos-de-final. A Roja foi a única equipa a procurar o golo, a esforçar-se para criar, para construir e ir mais além do que a simples defesa e destruição, como fez Portugal. Na selecção, Cristiano é menos Ronaldo. O seu talento é traído pelo seleccionador, Carlos Queiroz, que não está à altura. Cristiano cansa-se de esperar, de passar minutos sem tocar na bola. Cansa-se de tropeçar e de se chatear com os companheiros, que lhe comem o espaço e tiram metros e campo para surpreender.
LaGazzettadelloSport
Portugal pouco ofensivo | Nada a fazer para Cristiano Ronaldo, os campeões da Europa seguem para os quartos graças ao quarto golo de Villa no Mundial. Portugal jogou com dez (Simão não apareceu). O talento de Fábio Coentrão é inegável, e Tiago é outro que não aquele que surge em Turim. Portugal limitou-se a tentar bloquear Espanha e, quando devia partir para o ataque... não o fez. Volta para casa.
BBCSport
Sofrer para... vencer | A Espanha teve de sobreviver a uma sucessão de oportunidades desperdiçadas pelos portugueses na primeira parte, mas a partir do momento em que Villa quebrou a muralha defensiva do adversário, aos 63', nunca mais voltou a ser ameaçada. Os homens de Del Bosque cresceram em confiança desde que assumiram a liderança e, com Ronaldo anónimo, Portugal pareceu demasiado curto de ideias sobre a forma como encontrar o caminho para a igualdade. A Espanha só tem de se preocupar com a "falta" de Torres.
L'Equipe
Podem agradecer a Villa | A Espanha está nos quartos-de-final do Mundial graças ao golo solitário do melhor marcador da prova. Villa, com quatro golos, tal como frente às Honduras e ao Chile, foi paciente, lutou e viu muitas vezes as suas tentativas para contornar a muralha defensiva lusitana resultarem vãs, mas não se deixou desencorajar, persistiu e acabou recompensado. A Espanha bem pode voltar a agradecer-lhe. Carlos Queiroz anunciara um grande espectáculo, mas a promessa só foi levada a sério por uma vintena de minutos. Del Bosque avisara que Portugal "são dez defesas e um avançado", e a verdade é que o jogo de ontem não o desmentiu. Cristiano Ronaldo manteve-se fiel às suas últimas exibições na sua selecção: ineficaz no ataque, pouco disponível para tarefas defensivas e demasiado individualista. Tentou sempre fazer a diferença... sozinho.