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Célebre pela longevidade no futebol (jogou até aos 42 anos), Miguel teve tempo para tudo durante a sua longa carreira, incluindo perder a hipótese de disputar a final da Taça de Portugal pelo Guimarães, em 1987/88. No fecho do campeonato, contra o Boavista, decisivo para a equipa minhota assegurar a permanência no escalão máximo, o central perdeu as estribeiras e acabou expulso, pagando a respectiva pena sentado na bancada do Jamor. "Custou muito, mas teve de ser. Fiz um gesto menos digno ao árbitro", explica. Se o castigo já chegava e sobrava, a vitória do FC Porto (1-0) aborreceu ainda mais o antigo internacional português, que, na época seguinte, então com 25 anos, se mudaria para o Sporting. "O FC Porto já tinha uma grande equipa, mas o golo do Jaime Magalhães foi precedido de fora-de-jogo", recorda.
A denúncia de Miguel será tudo menos um segredo bem guardado com a duração de 23 anos. "O Costeado disse-nos logo que era o último homem da defesa quando o Jaime partiu para golo, mas o que interessa agora é a vitória. Voltarei ao Jamor com a minha família e a família do meu irmão (técnico-adjunto Basílio Marques) e estou confiante num bom resultado", estima. Não tem qualquer palpite sobre quem vai marcar pelo Guimarães ("até pode ser o Nilson", graceja), apenas aposta na dupla N'Diaye-João Paulo para o centro da defesa, a sua especialidade. "São os que somam mais minutos", alega.
