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Tem nome de cantor italiano, mas a música deste Ramazotti consiste em marcar golos, como mostrou anteontem contra o Estoril. O avançado brasileiro saiu do banco aos 55' e bisou no espaço de dois minutos, decidindo a partida e colocando o Gil Vicente em posição privilegiada para voltar ao primeiro escalão. "Não sou destaque de nada. Trata-se de um conjunto de grandes jogadores e de um grupo que foi premiado com estes dois golos e com a vitória", sublinhou o atacante, autor de oito tentos gilistas no campeonato, garantindo ainda ter os pés bem assentes no chão: "Só vou estar nas nuvens no final do próximo jogo, quando conseguirmos a vitória."
Aos 22 anos, o jogador cumpre a sua primeira época em Portugal, marcada por altos e baixos. "Desde que sofri uma lesão nunca mais voltei ao onze. Mas não baixei a cabeça e continuei a trabalhar para estar a 100 por cento", referiu. Ora, a verdade é que o estatuto de suplente de Ramazotti não lhe fez mal nenhum, bem pelo contrário. Decisivo em cinco jornadas, nas quais apontou o golo da vitória dos galos, o jogador saiu do banco para dar os três pontos frente a Feirense e Moreirense, ambos em casa, além de operar a fundamental reviravolta no Estoril. É caso para dizer que suplentes assim facilitam a vida a um treinador, e de que maneira. Paulo Alves, um privilegiado, que o diga.
Galo e Zé Luís podem ficar
Apesar de contratados pelo Braga, não é certo que Rodrigo Galo e Zé Luís estejam de despedida de Barcelos. "Pode ser que continuem no Gil Vicente", atirou António Fiúza, aludindo a um cenário de empréstimo para 2010/11. Noutra vertente, o presidente não dá grande importância às notícias que dão como certa a ida de Richard, cedido pelo Santo André, para o Olhanense. "São encomendas", gracejou, explicando que o Gil tem opção sobre o jogador.