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A ausência da Liga dos Campeões e o facto de se tratar do terceiro trimestre contribuíram de forma decisiva para que o Relatório e Contas ontem enviado pela SAD do FC Porto à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários incluísse um resultado consolidado negativo de 2,1 milhões de euros. A não-participação na liga milionária traduziu-se, segundo cálculos da SAD portista, numa perda na ordem dos oito milhões de euros, acrescida do facto de o terceiro trimestre ser, a par do segundo, dos menos rendíveis, uma vez que não inclui valores de transferências de jogadores, característica intrínseca do FC Porto dos últimos anos, como ainda se notou no último Verão com as vendas de Bruno Alves (Zenit) e Raul Meireles (Liverpool), incluídas no relatório do primeiro trimestre. Ainda assim, os resultados operacionais apresentaram um saldo positivo de 2,2 milhões de euros - contra os mais de 12 milhões de igual período do exercício anterior -, ou seja, sempre acabou por entrar mais dinheiro do que aquele que saiu do Dragão.
Do lado positivo das contas do terceiro trimestre está a bilheteira, com quase dez milhões de euros, constituindo-se este como o melhor terceiro trimestre dos últimos três anos - os que são divulgados no comunicado enviado à CMVM -, o que sendo compreensível relativamente à época passada (o FC Porto acabou o campeonato em terceiro e deixou a Liga dos Campeões nos oitavos), é mais surpreendente em comparação com a época de 2008/09, concluída com o tetracampeonato, a conquista da Taça de Portugal e uma boa presença na Champions.
O mesmo documento inclui já o resultado do novo contrato dos direitos televisivos entretanto assinado, ficando igualmente a saber-se que a SAD do FC Porto despendeu 36,575 milhões de euros na contratação do que considera serem jovens "valores emergentes", apontando como exemplos João Moutinho (24 anos), Walter (21), Souza (22), James (19) e Otamendi (22).