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>Pedreira no sapato dos clubes ingleses
Os clubes ingleses deixaram de ser um bicho-de-sete-cabeças para o Braga nos jogos realizados em Portugal. Inicialmente, os arsenalistas sentiam sempre inúmeras dificuldades quando apanhavam pela frente equipas do país de Isabel II, mas a tendência sofreu uma alteração significativa a partir do momento em que os encontros se começaram a realizar no AXA. Talvez deslumbrados pelo imponente muro de pedra que se ergue por trás da baliza do topo sul do estádio, os ingleses começaram a vacilar e há três jogos que os bracarenses não sabem o que é perder na condição de visitados. Mais: também não sofreram nenhum golo. E não se pode dizer que o nome dos opositores fosse modesto. Exceptuando o Portsmouth, actual adversário do Birmingham na luta pelo regresso à Premier League, os outros foram nada mais nada menos do que Arsenal e Liverpool. Curiosamente, tanto gunners como reds sucumbiram na Cidade dos Arcebispos na última época, que terminou com os guerreiros do Minho a disputar a final da Liga Europa, em Dublin.
Desde que o Braga começou a jogar no AXA, só uma equipa inglesa conseguiu voltar a casa com a vitória. O autor dessa proeza foi o Tottenham, numa temporada (2006/07) particularmente agitada para os arsenalistas, que foram orientados por três treinadores: Carlos Carvalhal, Rogério Gonçalves e Jorge Costa. E foi precisamente o último que acabou por sair derrotado, por 3-2, com os ingleses, caindo nos 16-avos-de-final da então Taça UEFA.