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>Passem-me ao adjunto, por favor
Ao contrário do que acontece nos jogos da UEFA, ainda que a regra seja facilmente contornada, um treinador que seja castigado em jogos do campeonato tem acesso ao estádio, onde até costuma chegar no autocarro da equipa, e não lhe está vedada a hipótese de comunicar com o banco, usando os meios que considere mais adequados. O telemóvel é o mais óbvio, mais rápido e o mais eficaz. Muitas vezes, sobretudo em jogos como este, as conversas do treinador castigado nem são directamente com o adjunto, mas antes com outro elemento escolhido para desempenhar essa tarefa. No FC Porto, noutros tempos, chegou a ser o médico Nélson Puga a receber as orientações técnicas e a fazer de elo de ligação entre a bancada e o banco.
Sendo certo que a parte nuclear do trabalho será alinhavada durante a semana, há que contar com os imprevistos, daí a importância de se traçar um plano de comunicação para dar resposta a eventuais problemas que venham a surgir, já que, apesar de poder estar no estádio, o treinador, seguindo a norma, não tem permissão para estar directamente com a equipa (ao intervalo, por exemplo) até que o jogo termine.
