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Robinho tem sido apontado como o maior desequilibrador da actual selecção brasileira, mas a verdade é que na África do Sul tem dado nas vistas a profícua parceria entre Luís Fabiano e Kaká. A cada encontro que passa, os dois jogadores têm demonstrado que jogam de olhos fechados, graças a uma parceria de-senvolvida nos tempos em que ambos aterrorizavam as defesas rivais ao serviço do São Paulo, e que agora dá os seus frutos nos relvados sul-africanos para gáudio de Dunga.
Dos três golos apontados por Luís Fabiano no Mundial, dois foram com assistência de Kaká, que é alvo dos maiores elogios do Fabuloso. "É uma conexão perfeita que temos. Ele está sempre lá para dar os passes e eu estou sempre a posicionar-me para receber a bola. É esse o entendimento que tenho com ele. Os golos mostram como é fácil jogar com ele. É só estar bem colocado, que, no olhar, ele já sabe onde estou", comentou Luís Fabiano após a vitória por 3-0 frente ao Chile, que valeu ao escrete o apuramento para os quartos-de-final da prova, onde irá medir forças com a Holanda.
Apesar dos rasgados elogios do colega e amigo, Kaká manteve a humildade, revelando que as assistências para golo são fruto de um papel específico que Dunga escolheu para ele no onze canarinho. "O meu papel é esse. Não estou aqui para marcar golos. Obviamente que ficarei muito feliz se tiver a possibilidade de marcar, mas eu gosto é de abastecer o ataque. Foi a minha terceira assistência no Mundial. Tomara que eu possa ser líder nesse capítulo e o Fabiano o melhor marcador", revelou o médio do Real Madrid.
Elano continua em dúvida
A lesão no tornozelo de Elano continua a preocupar Dunga. Apesar de José Luís Runco, médico da selecção brasileira, continuar optimista sobre a participação do médio no jogo com a Holanda, Elano demonstrou muitas dificuldades em acompanhar os companheiros em alguns exercícios e abandonou o treino a coxear. Já Felipe Melo e Júlio Baptista, que também se encontram a recuperar de lesão, voltaram a não pisar o relvado.
Van Persie desvaloriza discussão
Van Persie desvalorizou ontem a discussão com Van Marwijk ocorrida aquando da sua substituição frente à Eslováquia. "Só fiquei chateado por sair. Não disse nada de mal ao treinador ou que pudesse causar danos ao grupo", disse o avançado, negando ter pedido a substituição de Sneijder, como sugerido por uma leitura labial feita por uma televisão holandesa.