Corpo do artigo
Apesar de apurado para a terceira ronda do torneio onde conquistou cinco das seis edições que disputou, o espanhol Rafael Nadal está longe de marcar com firmeza o seu território na terra batida de Paris. Nunca, nos dois primeiros encontros em Roland Garros, fora sujeito a tão grande desgaste. Após as 4h01 para afastar, em cinco sets, o americano Isner, ontem precisou de 3h18 para bater o compatriota Pablo Andújar (48º), por 7-5, 6-3, 7-6 (7/4) - esteve a perder 1-5 no terceiro e salvou oito set points. Dois encontros que fazem parte dos quatro mais longos de sempre por ele jogados num torneio em que venceu 40 encontros e perdeu apenas um.
Além da ameaça à sua liderança do ranking por parte de Djokovic que, para muitos, está a criar inédita e forte pressão, o outro assunto na ordem do dia centra-se nas bolas utilizadas pela primeira vez. Uma bola fabricada pela mesma marca (Babolat) que tem Rafa como grande embaixador no mercado das raquetas e que, ao contrário do que se poderia imaginar, não encaixa tão bem como se esperava no jogo do (ainda) rei da terra batida.
Uma bola mais viva e, como tal, mais difícil de controlar. Sem querer ofender o número um dos seus patrocinadores, Nadal revelou não ser fácil a adaptação depois de, numa campanha no pó de tijolo que desemboca na Cidade-Luz, toda a gente ter utilizado uma bola diferente.