Corpo do artigo
E se hoje no banco do Barcelona estivesse... José Mourinho? Muita coisa seria diferente, como se pode ver pelo plano que o treinador português apresentou a dois dirigentes catalães em 2008 e que foi agora tornado público pelo canal TV3. São 27 páginas de Powerpoint, entregues a Marc Ingla e Txiki Begiristain numa "pen drive", onde estava descrito o futuro do Barça segundo Mourinho.
O português prometia alinhar num esquema 4-3-3, de forma a respeitar a "filosofia atacante" do clube. Depois, Mou deu a sua opinião sobre os jogadores que havia no plantel, agrupando-os por três cores: os verdes eram os que queria manter, os amarelos eram os que lhe davam dúvidas e os vermelhos eram os dispensáveis. No primeiro lote estavam, entre outros, Deco e Eto'o, futebolistas que deixaram Camp Nou por indicação de Guardiola, que pegou na equipa nessa altura (embora o camaronês apenas em 2009). Sylvinho, Thuram e Ezquerro foram imediatamente riscados por Mourinho, que tinha dúvidas sobre Edmilson, Gudjohnsen, Zambrotta e Oleguer. Sobre este último, conhecido pelos ideiais pró-independência da Catalunha, o técnico explicou que não gostava dele como futebolista mas que entenderia se o clube o quisesse manter. Depois, havia ainda um caso especial: Ronaldinho Gaúcho. Sobre ele, Mourinho escreveu "Problema ou Solução?"
Sem especificar que jogadores pretendia contratar, Mourinho revelava que queria no staff o trio luso que o acompanhou no Chelsea e no Inter - Rui Faria, Silvino e André Villas-Boas -, além de um elemento da "casa", que seria Luis Enrique, Albert Ferrer ou Eusebio. Se o plano tivesse ido para a frente, então o actual treinador do FC Porto teria chegado à primeira equipa do Barcelona antes de Guardiola, que era o técnico da equipa B. Mas a direcção acabou por recusar a proposta de Mourinho e deu uma hipótese ao homem da casa.
Rosell promete falar dos clássicos
Sandro Rosell prometeu falar de vários temas no final da época do Barça, ou seja, após a final da Liga dos Campeões. Um deles será os quatro clássicos disputados por Barça e Real Madrid entre Abril e Maio e as polémicas que envolveram essas partidas. "Vamos fazer-nos respeitar", prometeu Rosell, referindo-se às acusações merengues de atitude antidesportiva dos jogadores do Barcelona nos referidos encontros. Rosell tentou ainda retirar alguma pressão do conjunto para a final da Champions. "O futuro não depende de um jogo. Aconteça o que acontecer sábado [hoje], a temporada já foi excelente", salientou.
As ideias chave
O Barça iria jogar em 4-3-3
Deco e Eto'o, que seriam dispensados por Guardiola, eram para ficar. Ronaldinho era a grande dúvida
Guardiola não estava nas escolhas para treinador adjunto