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>O "apanha-bolas" que se tornou ameaça
Dono de uma carreira meteórica - que o levou do anonimato à titularidade no Bayern (estreou-se pelos bávaros na vitória por 7-1 sobre o Sporting) e na Mannschaft em apenas um ano - Muller recordou ontem uma história curiosa ocorrida durante a sua estreia pela selecção alemã, num jogo frente... à Argentina. "Na conferência de Imprensa a seguir a esse jogo, o Maradona ficou surpreendido por me ver a mim e não ao Low, e pensou que eu era um apanha-bolas à caça de autógrafos. Não me tratou mal, mas na época não me reconheceu como jogador", revelou Muller por entre gargalhadas, não resistindo a lançar algumas farpas à Inglaterra, selecção que ajudou a eliminar do Mundial com dois golos. "Há muitos machos alfa na equipa, mas às vezes não precisamos só de chefes, também temos que ter 'índios' dispostos a trabalhar em prol da equipa. Para além disso, acho que existe um problema de mentalidade nos jogadores ingleses, pois parece que não estão preparados para dar aquela dose extra pelo sucesso da sua equipa", acusou o jovem avançado alemão, comparado na Alemanha a Gerd Muller, jogador que, curiosamente, também envergava o número 13 na selecção.
Schweinsteiger também esteve presente na conferência de Imprensa e não foi nada brando em relação ao comportamento argentino. "Não podemos deixar que eles nos provoquem. Eles são autoconfiantes mesmo quando não têm o direito de ser assim. Espero que a arbitragem esteja bastante atenta a eles, pois tentam sempre influenciar as suas decisões", acusou, enquanto o seleccionador Joachim Low preferiu destacar os pontos fortes do adversário. "Não podemos preocupar-nos apenas com Messi, pois eles têm muitos jogadores fantásticos. A defesa também é forte", analisou.