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Não lembra ao diabo que a meio da época uma reciclagem de árbitros resulte em alterações de procedimentos e que esta não seja comunicada aos clubes. Mas em Valongo, uma hora antes do jogo, equipa da casa e FC Porto foram informados pelos árbitros que as regras mudaram, ou melhor, que as ordens iriam no sentido do rigor absoluto nas faltas de equipa, modificando a filosofia da lei da vantagem.
Perplexos, Valongo e FC Porto, que através dos seus treinadores, no final do jogo, manifestaram desagrado, lançaram-se mesmo assim em rinque, após um minuto de silêncio pelas vítimas da tragédia na Madeira. O FC Porto mandou na primeira parte, com uma supremacia que se traduziu em cinco golos, contra dois, de livre directo, do Valongo. Na segunda parte, a defesa anfitriã transfigurou-se e a atitude ofensiva também. A redução para 4-5 preocupou o FC Porto, mas Pedro Gil, nos últimos seis minutos, resolveu. Foi a primeira derrota do Valongo em casa, num jogo com 12 faltas de equipa para o Valongo, 17 para o FC Porto e de seis cartões azuis. A doze dias do clássico do Dragão, entre FC Porto e Benfica, as equipas terão de repensar a forma de jogar. Os novos procedimentos justificam-se, na versão oficial, com a necessidade de alinhar pela arbitragem internacional.