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Paulo Sousa voltou a ter o prazer de participar num jogo oficial. O capitão do Paços de Ferreira não alinhava em partidas oficiais desde 22 de Abril do ano passado, quando ajudou o Paços de Ferreira, na Choupana, a eliminar o Nacional e, consequentemente, a carimbar a passagem histórica à final da Taça de Portugal.
Onze meses depois de muita luta contra lesões e operações, Paulo Sousa entrou no jogo de Leiria já nos descontos. Tempo suficiente para o deixar sorridente. "Aquele minutinho foi uma grande vitória. Apesar da derrota, teve um sabor muito especial. Foi uma satisfação enorme voltar a jogar", confidenciou a O JOGO.
Paulo Sousa não se sentiu nervoso, mas arrepiou-se como se fosse o primeiro dia. "Foi um bocado estranho. Parecia que estava a começar de novo". Ultrapassado o calvário, espera agora mais oportunidades. "Se o treinador entender que poderei ser útil, cá estou para dar o meu contributo".
Mesmo impossibilitado de jogar, o médio nunca deixou de assumir um papel importante: "Procurei sempre ser um capitão na verdadeira acepção do termo: transmitir ao grupo um espírito de união e de vitória".
Com 34 anos, Paulo Sousa prepara o futuro com o devido cuidado. Como abandonou a escola muito cedo "para trabalhar nos móveis" e, mais tarde, "para seguir a carreira de futebolista", não olhou para trás quando apareceu a possibilidade de voltar a estudar. "Tirei o 9º ano no programa Novas Oportunidades. Tive bom aproveitamento nas três disciplinas: Português, Matemática e Informática", contou.
Ultrapassada essa etapa, o médio não quer ficar por aqui. "Estou à espera do programa para fazer o 12º ano. Tenho muita vontade em continuar a estudar e sinto-me com capacidade para atingir esse objectivo. Até pode ser que um dia mais tarde surja a possibilidade de entrar na faculdade", atirou.
