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Ryan Lochte está imparável. Ontem contabilizou mais duas medalhas de ouro (200 costas e 4x200 livres), que juntou às outras duas que já tinha ao pescoço (200 livres e 200 mariposa). A grande figura destes Mundiais, aparentemente talhada para o duplo hectómetro (só vence provas de 200), está, porém, empenhado em demonstrar o contrário e por isso ameaçou: "Isto ainda não acabou. Falta-me disputar os 400 estilos e quero lutar pela vitória."
Lochte, que é tão bom nadador quanto excêntrico (usa brilhantes nos dentes, umas sapatilhas coloridas de verde-fluorescente desenhadas por si e produzidas pela Speedo especialmente para seu uso pessoal, utiliza por vezes calções garridos - rosa-choque ou lilás - e produz declarações quase sempre extravagantes), atingiu finalmente o seu céu e agora revela uma fome desmedida de títulos. "Depois de domingo acabam os Mundiais, mas não a preparação. Vou começar imediatamente a preparar Londres", sublinhou no final do sexto dia de competição em Xangai. Londres'2012 promete uma luta titânica entre Lochte e Phelps, ficando a sensação de que o nova-iorquino que agora vive na Flórida poderá mesmo levar a melhor.
Mas nem só os norte-americanos animam as bancadas de Xangai, e ontem deu-se uma nova estranha coincidência, mais um "ex aequo", na final dos 100 livres femininos. A dinamarquesa Jeanette Ottesen e a bielorrussa Aliaksandra Herasimeni terminaram em 53,45 s.