Corpo do artigo
>No divã do treinador
A boa relação de Yannick Djaló com os técnicos tem ajudado à causa e a uma terapia tantas vezes necessária. Até pela própria estabilidade e defesa do jogador um dia descoberto pelos leões na Covilhã, quando, ainda iniciado, batia a concorrência com facilidade veloz em defesa da camisola do Estação. Mesmo quando as coisas não saem de feição, o 20 tem sabido manter a calma, sem reacções extemporâneas, quer no banco, quer na enfermaria, quer até dentro de campo sob assobios... e de tudo isto se viu nesta época. De Paulo Sérgio vem a confirmação: "Estamos a falar de um jogador profissional, humilde, de bom trato, que sabe ouvir, e esse perfil só o pode beneficiar."
Já com Couceiro ao leme, o luso-guineense tornou a ser submetido a "sessões" particulares no divã do técnico. O seu caso foi novamente examinado à lupa e desta feita, em dez partidas, com a equipa a subir, Djaló conciliou o afinco no trabalho com a concentração nas tarefas dentro de uma equipa a jogar pelo orgulho. Não raro, o avançado era visto a conversar à parte com o director convertido em treinador. Com a titularidade garantida e o andar dos jogos, os golos surgiram - dois de belo efeito à Académica e o decisivo em Braga -, e o Sporting entrou nos eixos (possíveis) à custa de muita reabilitação psicológica.
Carlos Pereira congratula-se: "Vá lá que foi assegurado o terceiro lugar, e logo graças ao Yannick. Como sportinguista, fiquei muito satisfeito e aliviado por se ter conseguido o objectivo mínimo possível nesta temporada com um golo dele."