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Perceber de que massa é feito o homem e avaliar a resistência feminina à pressão masculina é o ponto de interesse da guerra dos sexos que amanhã à tarde (16 horas) alimenta a São Silvestre de Lisboa.
Ana Dulce Félix, pelas mulheres, vai partir com cerca de 800 metros (2m37s) de vantagem sobre Hermano Ferreira e os restantes homens que terão, ao longo dos dez quilómetros, de tentar anular aquela vantagem se quiserem sair vitoriosos. Não vai ser fácil e pode mesmo dizer-se que as mulheres partem com favoritas.
A prova lisboeta, este ano por capricho do calendário das festas a ser "empurrada" para o último dia do ano, realizando-se duas horas antes da São Silvestre da Amadora, tem inscritos cerca de 4000 atletas, pelo que de pé está a hipótese de reaver o "título" de prova portuguesa de fim de ano mais participada de sempre
A sua congénere do Porto, no passado dia 18, registou 3750 chegados à meta, arrebatando o primeiro lugar a Lisboa que em 2010 tinha contabilizado 3567. Portanto, para além da guerra dos sexos, haverá também o eterno despique Porto-Lisboa, desta vez em... São Silvestre.
O novo percurso e a partida por níveis
Hugo Sousa, empresário de vários atletas, entre eles Jessica Augusto (a vencedora de 2010, que este ano está ausente) e Dulce Félix, implementou algumas inovações, a começar pelo percurso da São Silvestre de Lisboa (partida e chegada nos Restauradores) e por uma diferenciação de níveis competitivos na partida, ou seja os melhores partem à frente. Quanto a atletas, a corrida continua a não ter estrangeiros. Para além de Dulce e Hermano, saliência ainda para José Ramos, Luís Feiteira, Ricardo Ribas, Mónica Silva e Salomé Rocha.