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Com um plantel excessivamente comprido, Leonardo Jardim tem hoje uma excelente oportunidade para avaliar em que nível está a equipa. O teste está marcado para as 20h15, no Estádio Cidade de Barcelos, diante do Gil Vicente, naquele que é o primeiro adversário da Liga ZON Sagres.
Os resultados nos jogos anteriores até têm sido positivos, mas a qualidade de jogo tem ficado aquém das expectativas. Habituado a jogar em 4x3x3, o actual Braga mais parece destinado a jogar em 4x4x2. E isto porque, pelas opções do treinador madeirense, alguns potenciais titulares não parecem talhados para o primeiro sistema táctico. Lima é um bom exemplo disso. Aposta para o flanco esquerdo, tem dificuldade em jogar naquela posição. Por norma foge para o meio, funcionando como um segundo avançado, normalmente no apoio a Nuno Gomes. O brasileiro tem ainda dificuldade em fugir nas costas dos defesas contrários, daí que, quando lhe fazem um passe de rotura a solicitar a desmarcação, não está lá para dar seguimento à jogada.
Com Nuno Gomes na área, Lima mais parece talhado para jogar em 4x4x2, funcionando como primeiro ou segundo avançado. Dessa forma, abriria uma vaga na esquerda, onde surgem vários candidatos, todos eles com mais experiência para a posição. São os casos de Paulo César, Pizzi e Ukra.
No meio-campo, e se a aposta passar pelo 4x4x2, tal não será problema. Com Custódio lesionado e Djamal a revelar-se como um dos bons reforços, o Braga ganha consistência defensiva. O trinco líbio sobe pouco - praticamente só nas bolas paradas - e como raramente abre espaços atrás, deixa a missão ofensiva para os companheiros. Hugo Viana tem essas características de organizador, assim como Mossoró.