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As declarações de Mourinho após o jogo da primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões, com o Barcelona, causaram tanto furor que uma marca de telemóveis converteu-as numa aplicação (que permite recordar essas e outras frases fortes de El Especial). Mas essas declarações, nas quais que se queixava de proteccionismo dos árbitros e da UEFA aos catalães - perguntando mesmo se tal se devia ao patrocínio à UNICEF -, também lhe custaram um castigo de cinco jogos e uma multa de 50 mil euros. O treinador (e agora manager) luso já cumpriu um jogo, na segunda mão, tem outro dependente do seu comportamento nos próximos três anos e hoje vai à sede da UEFA, em Nyon, na Suíça, tentar anular ou reduzir o resto da pena, defendendo o recurso que apresentou.
A audiência no Comité de Apelo daquele organismo foi inicialmente agendada para 10 de Junho, mas foi adiada porque nessa altura Mourinho estava de férias. Assim que teve conhecimento da sanção, o treinador merengue garantiu que iria recorrer até às últimas instâncias - Tribunal Arbitral do Desporto -, por entender que nada tinha dito de errado e que tinha direito à sua liberdade de expressão, mas agora parece não dar particular importância ao caso - ou a esta audiência na UEFA. Pelo menos é isso que se pode inferir daquilo que afirmou esta quarta-feira, no final do encontro de preparação com o Hertha de Berlim. "A audiência na UEFA é importante? Importante é que temos treino nesse dia [hoje] e quero chegar a Madrid antes das cinco da tarde para poder dá-lo. Não quero perder o dia todo", frisou El Especial, que se o castigo não for reduzido só vai poder orientar a equipa merengue na Liga dos Campeões a partir da quarta jornada da fase de grupos.