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Mick Jagger arrisca-se a ser uma "persona non grata" no Brasil. O vocalista dos Rolling Stones é um adepto do futebol e fez questão de assistir ao jogo de ontem na companhia do filho brasileiro. Até aqui, nada de extraordinário, mas se atendermos ao facto de ter torcido pelo escrete, tudo muda de figura. Antes, Jagger tinha apoiado, nas bancadas, os EUA (contra o Gana) e a Inglaterra (contra Alemanha), e ambos foram eliminados. Ora, ontem, para mal do Brasil, Jagger voltou a dar azar, pelo que já é visto como "urubu", uma ave considerada símbolo do azar.
E Buenos Aires festejou
As vuvuzelas soaram alto, mas não em África, e sim em Buenos Aires. O motivo é fácil de adivinhar: a derrota do Brasil. Nas ruas da capital argentina, a festa explodiu mal soou o apito final. Segundo a Imprensa brasileira, os gritos de alegria e as buzinadelas também serviram para manifestar o contentamento pela eliminação do principal rival da alviceleste. O seleccionador argentino, Diego Armando Maradona, é que preferiu respeitar o rival histórico lembrando que o gozo ficava apenas para os adeptos.
Holandeses em delírio
O embate com o Brasil motivou uma mudança no estilo de vida diário dos holandeses. Segundo um inquérito do banco ING a 86 mil pessoas, 40 por cento da população empregada planeou tirar o dia para assistir à prestação da Holanda. E como o resultado foi a qualificação para as meias-finais, a festa começou mal o apito final soou. O delírio dos adeptos foi total, e nem a Imprensa escapou, apontando Sneijder como o principal responsável pelo sucesso. "É o homem do dia" ou "Sneijder liderou a Laranja a uma vitória histórica" foram algumas das formas encontradas para enaltecer o médio.