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O problema criado pela expulsão de Emerson em Basileia deverá ser anulado com a derivação de Maxi Pereira da direita para o flanco canhoto da defesa dos encarnados, uma solução que Jorge Jesus está a equacionar para a recepção de quarta-feira ao campeão suíço, na quarta ronda da fase de grupos da Liga dos Campeões.
O lateral-direito do conjunto da Luz recuperou de uma lesão muscular e voltou ao activo na última ronda da Liga ZON Sagres, no triunfo sobre o Olhanense, tendo mesmo actuado a totalidade da partida, o que confirma a sua disponibilidade física para manter a titularidade no próximo encontro da Champions, mas com a perspectiva de ter de desempenhar uma nova função, com a adaptação à esquerda.
Tendo como base a expulsão de Emerson em Basileia, com dois amarelos vistos por faltas cometidas sobre o jogador mais perigoso do adversário, Shaqiri, ao que se soma a não-inscrição de Capdevila na competição, a Jorge Jesus sobram poucas opções para tentar eliminar este foco de incêndio, surgindo a adaptação de Maxi Pereira como a mais provável; a acontecer, será completada com a entrada de Rúben Amorim para a direita da defesa.
O técnico encarnado tem a possibilidade de lançar o outro lateral-esquerdo de raiz à sua disposição no plantel, Luís Martins, mas a juventude do vice-campeão mundial de sub-20 e o facto de não ter somado ainda nenhum minuto - mesmo sendo várias vezes chamado ao banco de suplentes nos últimos jogos - pesam na hora de ser o eleito para a Champions. É certo que Jesus acredita que o camisola 36 tem condições para vingar na Luz, mas a importância do encontro, que poderá carimbar já a passagem do Benfica aos oitavos-de-final da prova milionária, e a capacidade de explosão do referido Shaqiri fazem o treinador ponderar outros nomes.
Como o líder técnico do conjunto da Luz já havia referido, até como explicação para a exclusão de Capdevila do lote de inscritos para a Liga dos Campeões, a escolha de jogadores que desempenham várias funções em campo foi uma das suas prioridades, surgindo o central Jardel como um dos casos em questão. Contudo, o brasileiro tem sido pouco utilizado e também não tem a velocidade como argumento que permita manter a lateral esquerda em segurança. Deste modo, restaria ainda a aposta em Miguel Vítor, também ele central e que já esta época compensou a ausência de Maxi na direita, mas também neste caso se aplica o argumento válido para Jardel. Tudo somado, é o lateral uruguaio a chave para fechar a porta esquerda ao perigo suíço.
